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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

A língua portuguesa foi excluída das escolas de elite francesas, Escola Normal Superior (ENS) e Polytechnique. A ADEPBA (Associação para o Desenvolvimento dos Estudos Portugueses, Brasileiros e da África e Ásia lusófonas) lança movimento de protesto. Fica, então, provado que para expandir e consolidar o português no mundo não basta traçar planos e reagir aos factos: há que fazer qualquer coisa pelo meio.

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Faleceu inesperadamente, em Lisboa, o jornalista Carlos Pinto Coelho (1944-2010). Era «o senhor Acontece», como gostava que lhe chamassem, em homenagem ao magazine cultural que o celebrizou no segundo canal da televisão pública portuguesa. No Acontece e, depois, nos ininterruptos projectos que foi abraçando, a língua portuguesa esteve sempre na primeira linha dos seus cuidados especiais. Foi um amigo de sempre do Ciberdúvidas — e foi muito graças a ele e ao Acontece que o Ciberdúvidas pôde continuar, depois do falecimento de João Carreira Bom. Teve na fotografia outro dos seus carinhos especiais.

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1. É recorrente a queixa de, hoje, com a globalização, um maremoto de anglicismos se ter abatido sobre os domínios da língua portuguesa. Mas, na rubrica O Nosso Idioma, Paulo J. S. Barata revela que o inglês se insinua fleumaticamente na morfologia e na ortografia vernáculas há mais de cem anos.

2. Da nova actualização do consultório, sobressaem as questões sobre etimologia de nomes próprios, semântica lexical, subclasses de adjectivos, sintaxe e relações entre ortografia e pronúncia

3. O Ministério da Educação, através da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC), em colaboração com a EDP Distribuição, está a promover uma acção de distribuição gratuita de 500 mil lâmpadas economizadoras em escolas secundárias. Para mais informação, consultar a página da iniciativa.

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1. Como já foi anunciado, o Acordo Ortográfico de 1990 vai ser aplicado nas escolas portuguesas a partir de Setembro de 2011, o mês que iniciará o próximo ano lectivo (2011/2012). Quanto aos manuais escolares, fica este  esclarecimento suplementar, divulgado no Portal da Educação, do Ministério da Educação português:

«Os manuais escolares utilizarão progressivamente a nova ortografia, seguindo o ritmo das novas adopções ou quando um manual já adoptado tenha de ser reimpresso durante o seu período de vigência. Assim, os novos manuais a adoptar para 2011/2012 já estarão de acordo com a nova ortografia, que, até 2014, será utilizada em todos os novos manuais adoptados.»

Durante o segundo período do presente ano lectivo, ficarão acessíveis no Portal da Educação informações úteis sobre o uso da nova ortografia e sugestões para a sua aplicação em sala de aula. Serão, ainda, disponibilizados materiais e instrumentos para o esclarecimento de dúvidas dos professores. Os exames nacionais e as provas de aferição serão, por sua vez, objecto de orientações do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), em devido tempo.

Como fonte de referência para conhecimento do texto do Acordo de 90, assim como para a consulta do Vocabulário Ortográfico Português e do conversor Lince (adoptados oficialmente pelo Governo de Lisboa), recomenda o Portal da Língua Portuguesa, do ILTEC (Instituto de Linguística Teórica e Computacional).

2. Adoptar a pronúncia inglesa para uma palavra latina, a nossa língua-mãe, distorce e anula o valor genuíno da palavra original. Para além de ser uma manifestação de ignorância. É o caso de mobile, termo ligado aos telemóveis, tratado num texto esclarecedor, de Maria João Matos, em linha desde esta data na rubrica Pelourinho.

3. A sintaxe, a semântica, a fonética  e a morfologia são as áreas que sobressaem na actualização do Consultório, em que o emprego de alguns verbos (afigurar, inerciar e inertizar), o valor de certas palavras (acepções de recorrente) em traduções (frente-a-frente), a origem e o significado de outras (Azagães), a pronúncia de termos de origem estrangeira (byte), a classificação de certas palavras (o pronome quem) e  casos invulgares de plural (guardião e temporão), assim como os deícticos num poema de O’Neill são temas das respostas deste dia.

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1. Como já noticiámos, o Ciberdúvidas passou a encontrar-se também no Facebook, disponibilizando uma selecção dos seus conteúdos — das respostas do consultório às diferentes rubricas sobre várias facetas da vida do nosso idioma comum.

2. Os países de população plurilingue são a regra à qual não são excepção os Estados onde se fala português. Por isso, do Brasil chegam ecos da instituição, por iniciativa governamental, de um Inventário Nacional da Diversidade Linguística, com vista ao planeamento de políticas para as cerca de 210 línguas faladas no território brasileiro.

3. São 15 as respostas da actualização deste dia, nelas se abordando dúvidas relacionadas com o léxico, a transcrição fonética, a semântica, a sintaxe e as classes de palavras.

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Congratulamo-nos com a subida dos resultados dos alunos portugueses no relatório PISA 2009 (Programme for International Student Assessment) que avalia o desempenho escolar dos jovens de 15 anos dos países da OCDE e de outros países ou parceiros económicos. Em 2000, Portugal estava na confrangedora 3.ª posição — a contar do fim da tabela. Consultando os relatórios divulgados no sítio do PISA, constatamos que Portugal ocupa agora o 27.º lugar num total de 75 países e economias (cf. PISA 2009 Results: What Students Know and Can Do, p. 15), no limite inferior da faixa da média dos países (ibidem, p. 56).

Tiramos, portanto, uma conclusão: há muito e bom trabalho a fazer.


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1. Os programas de alfabetização e de educação no Brasil, como uma das marcantes experiências políticas da presidência de Lula da Silva, são pretexto para uma conversa com o principal responsável do Instituto Alfa e BetoJoão Baptista Oliveira. E, com a sucessão de Dilma Roussef, já em Janeiro de 2011, vamos ter uma presidente, ou uma presidenta brasileira? Estes são os temas principais do programa Língua de Todos de sexta-feira, 10 de Dezembro (às 13h15* na RDP África, com repetição no dia seguinte, às 9h15*). No domingo, dia 12, a emissão do Páginas de Português (às 17h00*, na Antena 2) aborda os resultados, francamente positivos para Portugal, do relatório do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), divulgado em 7 de Dezembro de 2010, pela OCDE, em Paris. Com a apreciação da ministra da Educação, Isabel Alçada. Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.

2. A sintaxe, a semântica dos tempos verbais e os provérbios são os tópicos mais salientes da actualização deste dia. Uma referência ainda para a Montra de Livros, sobre a edição 2010 do Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora, que contempla, já, as novas regras do Acordo Ortográfico de 1990.

* Hora oficial de Portugal continental.
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Nunca permita o Céu, nunca tal mande

Que, merecendo nome meus escritos,
Este na voz do povo em muitos ande.

 

Contentasse-vos eu, raros esp´ritos
Que nos ides a língua enriquecendo
Nas rimas e na prosa, em altos ditos!
             
Ditosa língua nossa, que estendendo

Vás já teu nome tanto, que, seguro,
Inveja a toda outra irás fazendo!

 

 

Ditosa língua minha, assim se intitula este tocante  louvor à língua portuguesa. Escreveu-o Diogo Bernardes há mais de 400 anos —  poeta (1520-1605) que frequentou a corte de D. Sebastião e que o acompanhou até à fatídica batalha de Alcácer-Quibir, em Marrocos, ficando aí prisioneiro durante  algum tempo. O poema passa a integrar desde esta data a Antologia do Ciberdúvidas, uma recolha de textos de autores lusófonos sobre a nossa língua comum, de todos os tempos.

 

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1. Políticos, comentadores e jornalistas usam-na com tal frequência e abrangência — especialmente na rádio e na televisão —, que a redundância «há anos (ou há meses, ou há dias) atrás» transformou-se num verdadeiro modismo no espaço mediático português. Um modismo que em nada valoriza quantos a ele recorrem sistematicamente — como assinala Maria João Matos num novo texto, na rubrica Pelourinho.

2. Um pecadilho que, seguramente, não comete o advogado José António Barreiros, amante e divulgador das «miríficas capacidades estilísticas da língua portuguesa». Só por isso, vale a pena uma visita ao seu blogue Espantosa Língua.

3. Sobre a nossa «espantosa língua» ficam entretanto em linha 12 novas respostas a outras tantas dúvidas que integram a actualização do consultório deste dia.

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Metaphors we live by (Metáforas do dia-a-dia ou Metáforas da vida quotidiana), de George Lakoff e Mark Johnson, é uma obra pioneira ao descrever o nosso sistema conceptual, no processo de captação da realidade circundante, como largamente metafórico. E a metáfora de guerra é uma das mais visadas neste trabalho, dado que, recorrentemente, ela é posta em cena na configuração de qualquer acção de confronto.

«A narrativa sobre os conflitos no Rio [de Janeiro] revela-se uma grande metáfora de guerra», afirma Regina Borges, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). De facto, palavras e expressões como território, batalha, herói, ataque, táctica, louros povoam as declarações dos militares, imediatamente absorvidas pelos relatos dos jornalistas. Mas será mesmo de uma metáfora que se trata? Será que a realidade vivida não configura já, sem transferências metafóricas, uma guerra?