A emissão do programa Língua de Todos de sexta-feira, 14 de Janeiro (às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte à 9h15*), é dedicada à diferença entre o satírico, o pícaro, o irónico, o anedótico e o texto meramente trocista, como, por exemplo, as cantigas de escárnio e maldizer.
Segundo João Guimarães Rosa, a anedota, pela etimologia e pela finalidade, requer fechado ineditismo. «Uma anedota», escreveu o autor de Grande Sertão: Veredas, «é como um fósforo riscado: deflagrada, foi-se a serventia.» A língua portuguesa e o humor são igualmente o tema do Páginas de Português de domingo, dia 16 (às 17h00*, na Antena 2), preenchido com uma conversa cruzada entre o linguista brasileiro Sírio Possenti e o cronista e escritor português Rui Cardoso Martins, com referências a Machado de Assis, Camilo Castelo Branco, Eça de Queirós, Luandino Vieira, Mia Couto, Mário-Henrique Leiria, Mário Cesariny e Alexandre O’Neill, entre outros autores lusófonos de todos os tempos.
Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.
* Hora oficial de Portugal continental.
1. O português José Mourinho foi considerado pela FIFA e pela revista francesa France Football o melhor treinador de futebol do mundo, no ano de 2010. E, como «orgulhoso português», fez questão de falar em português, na cerimónia que decorreu em Zurique. Um gesto que aqui se assinala — até pelo contraste com o que, por regra, não fazem outros seus compatriotas, às vezes nas mesmas circunstâncias, ou até com bem maiores responsabilidades políticas e culturais, nas mais diversas instâncias internacionais.
2. A Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC) publicou uma brochura digital de divulgação do Português como Língua não Materna (PLNM), dirigida essencialmente aos encarregados de educação dos alunos imigrantes que não têm o português como língua materna. A brochura apresenta uma descrição do funcionamento do PLNM nas escolas públicas, em línguas como o francês, o inglês, o mandarim, o romeno e o russo, além do português. Para mais informações consultar a página da DGIDC.
3. As actualizações do consultório encontram-se interrompidas para permitir a reestruturação do Ciberdúvidas. Embora não possamos receber as dúvidas dos consulentes, continua disponível o nosso endereço electrónico para outros assuntos. Aqui e no Facebook, assinalaremos também a colocação em linha de novos artigos nas outras rubricas (O Nosso Idioma, Pelourinho, Antologia, etc.).
1. Conforme já noticiámos aqui, após 2012, a língua portuguesa vai ver-se excluída das provas de admissão às prestigiadas École Normale Supérieure e École Polytechnique. Em Portugal, já há reacções: deputados do Partido Socialista na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas enviaram uma carta em 6 de Janeiro, solicitando ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, que intervenha, visto a supressão do português contrariar acordos bilaterais assinados em 2006. Na mesma carta, os deputados relevam a importância cultural e económica da língua portuguesa (é a sexta mais falada do mundo) e o facto de se tratar também do idioma de várias gerações de portugueses emigrados em França. O descontentamento sentido em Portugal é partilhado pela Association pour le Développement des Études Portugaises, Brésiliennes, d’Afrique et d’Asie Lusophones, com sede em Paris, que fez circular uma petição.
2. No Pelourinho, Paulo J. S. Barata chama a atenção para mais um caso de falta de propriedade vocabular, quando erradamente se emprega exploração em vez de circulação para referir uma interrupção no serviço de metropolitano.
3. Até finais de Janeiro, as actualizações do consultório encontram-se interrompidas para permitir a reestruturação da plataforma onde se encontra alojado o Ciberdúvidas. Pede-se, por isso, aos consulentes que não enviem dúvidas, embora, para outros assuntos, continue disponível o nosso endereço electrónico. Entretanto, daremos conta, aqui e no Facebook, da colocação em linha de novos artigos nas outras rubricas (O Nosso Idioma, Pelourinho, Antologia, etc.) e de respostas a perguntas eventualmente por esclarecer.
Foi recentemente criado o Inventário Nacional da Diversidade Linguística, que é um meio de identificação e documentação das línguas portadoras de referência à acção e memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira.
Ver também Inventário terá todos os idiomas falados no Brasil.1. Narcísico ou narcisista? E a diferença entre disfemismo, hipérbole e metáfora? E em que circunstâncias se usa a dupla negação? Estas perguntas, bem como outras sobre o que (não) muda com o novo acordo ortográfico, preenchem a emissão do programa Língua de Todos de sexta-feira, 7 de Janeiro (às 13h15 na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h15). No domingo, 9 de Janeiro, o programa Páginas de Português (às 17h00, na Antena 2) aborda um estudo que, abrangendo 1500 alunos do 9.º ano de escolaridade, aponta para uma preocupante recorrência de erros na escrita do português, em especial no respeitante à acentuação — as explicações são do autor deste estudo, o professor Óscar de Sousa, do Instituto das Ciências da Educação da Universidade Lusófona. Na mesma emissão, inclui-se uma conversa com a linguista Perpétua Gonçalves, autora do livro A Génese do Português de Moçambique. Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.
2. A palavra presidenta, forma de feminino de presidente, embora controversa, reforça o seu uso em consequência da eleição de Dilma Rousseff para o cargo de chefe do Estado brasileiro — é uma das conclusões de um artigo em linha em O Nosso Idioma, reunindo os pareceres de três consultores do Ciberdúvidas. Na Antologia, recupera-se dos finais do século XVIII um texto em louvor da língua portuguesa, da autoria do poeta Francisco Dias Gomes (1745-1795).
3. As actualizações do consultório ficam interrompidas até finais de Janeiro a fim de permitir a reestruturação da plataforma onde se encontra alojado o Ciberdúvidas. Pede-se, por isso, aos consulentes que não enviem dúvidas, embora, para outros assuntos, continue disponível o nosso endereço electrónico. Entretanto, daremos conta, aqui e no Facebook, da colocação em linha de novos artigos nas outras rubricas (O Nosso Idioma, Pelourinho, Antologia, etc.), bem como de respostas a perguntas eventualmente por esclarecer.
1. Em O Nosso Idioma, Sandra Duarte Tavares explica que «ensino "à" distância» é expressão incorrecta, devendo em seu lugar empregar-se «ensino a distância», sem artigo definido. Na mesma rubrica, Paulo J. S. Barata faz o confronto entre o uso e a dicionarização da palavra gireza, substantivo derivado do adjectivo giro (típico do português europeu).
2. O que é melhor: «a presidente» ou «a presidenta»? Como já tivemos ocasião de referir, as opiniões dividem-se. Não obstante, assinalamos que o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras e o VOLP da Porto Editora aceitam as duas formas, registando e, portanto, legitimando quer presidente, substantivo dos dois géneros, quer presidenta, substantivo feminino. Contamos voltar a este assunto em breve.
3. Por se encontrarem interrompidas as actualizações do consultório, pedimos aos nossos consulentes que não nos contactem a propósito de dúvidas linguísticas, muito embora, para outros assuntos, continue disponível o nosso endereço electrónico. Voltaremos nos finais de Janeiro, depois de concretizada a reestruturação da plataforma onde se encontra alojado o Ciberdúvidas. Até lá, não deixaremos de ir anunciando, aqui e no Facebook, a colocação em linha de eventuais novos textos e das respostas às perguntas que ficaram entretanto por esclarecer.
1. Como se sabe, Dilma Rousseff tornou-se chefe do Estado brasileiro no dia 1 de Janeiro de 2011. O que não se sabe tão bem é que nome dar à mulher que exerce essas funções: uns recomendam presidenta («a presidenta Dilma Rousseff») como feminino de presidente, por analogia com o contraste entre infante e infanta; outros consideram que o substantivo em causa é uniforme, mais precisamente, comum de dois, como a maioria dos substantivos terminados em -e, não havendo marca distintiva do género feminino («a presidente Dilma Rousseff»).1 Enquanto isso, a comunicação social portuguesa oscila entre «a presidente» e «a presidenta». E o mesmo se vai passando nos media brasileiros, ora na preferência explícita da própria Dilma Rousseff – e é assim que se escreve, já, no portal oficial do Estado brasileiro –, ora pelo seu contrário. Sobre a controversa possibilidade de presidente ter forma feminina, sugere-se a leitura destes textos antigos, aqui no Ciberdúvidas:
2. Na Galiza, a discussão é de outra ordem: em carta ao governo regional (Xunta de Galicia), oito sindicatos da educação exigiram a inclusão do português como segunda língua estrangeira opcional no ensino secundário e a abertura de vagas para professores especialistas em língua portuguesa. Segundo o presidente da Associação de Professores de Português da Galiza, Xoán Montero, neste momento há cerca de 800 estudantes de português num conjunto de 27 escolas secundárias. Para recordar ou conhecer a relação da lusofonia com a região galega, consulte-se o dossiê E a Galiza aqui tão perto, na rubrica Diversidades.
3. Por se encontrarem interrompidas as actualizações do consultório, pedimos aos nossos consulentes que não nos contactem a propósito de dúvidas linguísticas, muito embora, para outros assuntos, continue disponível o nosso endereço electrónico. Voltaremos nos finais de Janeiro, depois de concretizada a reestruturação da plataforma onde se encontra alojado o Ciberdúvidas. Até lá, não deixaremos de ir anunciando, aqui e no Facebook, a colocação em linha de eventuais novos textos e das respostas às perguntas que ficaram entretanto por esclarecer.
1 O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras e o VOLP da Porto Editora registam e legitimam quer presidente, substantivo dos dois géneros, quer presidenta, substantivo feminino.
1. A emissão do programa Língua de Todos do último dia de 2010 (31 de Dezembro, às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte às 9h15*) é dedicada às novas regras do Acordo Ortográfico, em vigor na RTP, já a partir de Janeiro de 2011, e aos critérios de citação e referenciação de obras em geral. Na emissão do Páginas de Português de domingo, dia 2 de Janeiro (às 17h00*, na Antena 2), fala a ex-ministra da Cultura Isabel Pires de Lima, sobre os muitos descasos da língua portuguesa: desde a inexistência, entre nós, de uma verdadeira política da língua, até ao mau uso que lhe dão os media em geral e os jornalistas em particular. Revelação, ainda, do nome do vencedor do concurso Uma Carta É Uma Alegria da Terra, em colaboração com os CTT, Correios de Portugal. Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.
2. Cabe aqui assinalar o programa Ler, é para já!, promovido pela Rede de Bibliotecas Escolares, do Ministério da Educação português, e destinado a jovens e a adultos com poucos hábitos de leitura. Esta iniciativa pretende motivar para a leitura por prazer e contribuir para criar leitores autónomos, propondo a utilização dos recursos das bibliotecas. O programa apresenta orientações para o professor bibliotecário e sugestões de actividades, envolvendo também as tecnologias de informação e comunicação (TIC). Para mais informações, consultar a página da Rede de Bibliotecas Escolares.
3. Entretanto, em Portugal, o Lince, ferramenta informática que permite corrigir o português à luz do novo Acordo Ortográfico, já foi descarregado mais de 54 mil vezes desde que foi lançado oficialmente em Junho. Em declarações à agência Lusa, o investigador José Pedro Ferreira, pertencente à equipa do Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC) que desenvolveu a referida aplicação, considerou este elevado número como sinal do interesse dos portugueses em se prepararem para a mudança. Lembramos que o Lince, escolhido como norma pelo Estado português, é um programa informático gratuito, que pode ser utilizado em qualquer sistema operativo e descarregado através do Portal da Língua Portuguesa.
4. Encontram-se interrompidas as actualizações do consultório durante o período do Ano Novo. Voltaremos nos finais de Janeiro, depois de concretizada a reestruturação da plataforma onde se encontra alojado o Ciberdúvidas. Até lá, não deixaremos de ir anunciando, aqui e no Facebook, a colocação em linha de eventuais novos textos e das respostas às perguntas que ficaram entretanto por esclarecer.
5. Para todos os amigos da língua portuguesa, e para os nossos consulentes em particular, os votos de um bom 2011.
* Hora oficial de Portugal continental.
1. Há pessoas que dizem "garré", de maneira afrancesada, quando se referem a Almeida Garrett (1799-1854), mas, no Pelourinho, Maria João Matos relembra que a pronúncia correcta é "garréte", porque se trata de apelido inglês. Na rubrica O Nosso Idioma, divulga-se um texto do escritor e cronista português Miguel Esteves Cardoso, sobre um equívoco aceite pela própria norma: o emprego de chá como designação de «infusão que não é feita com folhas de chá».
2. Ficam interrompidas as actualizações do consultório durante o período do Natal e do Ano Novo. Voltaremos nos finais de Janeiro, depois de concretizada a reestruturação da plataforma onde se encontra alojado o Ciberdúvidas. Até lá, não deixaremos de ir anunciando, aqui e no Facebook, a colocação em linha de eventuais novos textos e das respostas às perguntas que ficaram entretanto por esclarecer.
Será a língua, uma língua, qualquer língua, «uma coisa em forma de assim», como escreveu o poeta português Alexandre O´Neill? Ou haverá tratos e usos diferenciados? A estas perguntas procura dar resposta a emissão do programa Língua de Todos de 24 de Dezembro (às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia de Natal às 9h10*), no qual se comenta ainda o modismo (errado) do plural pais “natal”. No domingo, 26 de Dezembro, a emissão do Páginas de Português (às 17h00*, na Antena 2) inclui uma conversa com a professora universitária Margarita Correia sobre a diferença entre um conversor ortográfico — como o Lince, graciosamente disponível via Internet, no Portal da Língua — e um corrector ortográfico. Nessa entrevista, são também abordadas as razões de o Estado português ter financiado com dinheiros públicos a existência, sem custos, das ferramentas indispensáveis à aplicação do Acordo Ortográfico por qualquer pessoa ou entidade. Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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