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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
O português, no espaço europeu, não tem o reconhecimento que devia ter, enquanto grande língua internacional que é — foi esta a constatação da presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho, num recente encontro em Madrid. A conclusão está tirada. As causas já têm vindo a ser recorrentemente apontadas: falta uma aposta institucional séria na investigação e no ensino do português como língua estrangeira, que se reflicta na produção de uma gama de recursos estruturados e de qualidade.
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1. O Colóquio Educação Bilingue e Bilinguismo, uma iniciativa conjunta do ILTEC (Instituto de Linguística Teórica e Computacional) e da Associação de Professores de Português, a decorrer nos dias 20 e 21 de Junho, na Fundação Gulbenkian, Lisboa, é o tema central dos programas de rádio Língua de Todos (da próxima sexta-feira, dia 17, às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h15*) e Páginas de Português (de domingo, 19 de Junho, às 17h00, na Antena 2).

2.  A origem e o valor das palavras, as abreviaturas, as regências e a pronúncia dominam as novas respostas do consultório, marca evidente da preocupação dos falantes de língua portuguesa em usar a forma mais correcta, nestes tempos em que muitas variantes emergem, umas legítimas e aceitáveis, mas tantas outras inconvenientes… e agramaticais.

3. Uma selecção dos conteúdos está disponível no Facebook.

* Hora oficial de Portugal continental.

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1. Em Portugal, a fúria de abreviar não conhece limites: abundam as siglas no plural, algumas ficam por descodificar, havendo outras que incluem arbitrariamente minúsculas ou algarismos. No Pelourinho, Paulo J. S. Barata ilustra e comenta este caos.

2. Na actualização do consultório, entre outros assuntos, desvenda-se um caso de etimologia, descobre-se uma oração com função de vocativo, desencanta-se um uso da linguagem jurídica, e decifra-se uma metáfora. Uma selecção destes e doutros conteúdos está disponível no Facebook.

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1. Às crianças, é frequente dizer-se «não é "mais grande", é "maior"», quando se trata de usar o comparativo de superioridade do adjectivo grande. Porém, há um contexto em que «mais grande» é aceitável, como explica uma das novas respostas, nas quais, entre outros assuntos, também se fala da formação da palavra fusível e da etimologia de Fajãtopónimo especialmente frequente nos Açores.

2. Recorde-se que no Facebook se disponibiliza o acesso a uma selecção dos conteúdos do consultório e das demais rubricas do Ciberdúvidas.


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1. «Muito mais do que a questão “técnico-linguítsica”, o Acordo Ortográfico é uma questão politico-estratégica. [Sobre ele e contra ele, em Portugal] até aqui já se disse e escreveu quase tudo e o seu contrário (...); o que importa agora é começar a praticá-lo», escreve Fernando Santos Neves, em artigo (“Onze Teses contra os inimigos do Acordo Ortográfico”) dado agora à estampa no jornal "Público" de 9/08/2010 e que retoma um anterior texto publicado no "Jornal de Letras" do dia 14 de Agosto de 2008, em linha aqui, no Ciberdúvidas.

2. O Português – a disciplina com mais estudantes que a ela recorreram à 2.ª fase dos exames nacionais do ensino secundário em Portugal  – voltou a registar uma média negativa ainda acentuada do que  ao ano anterior, de 2010. Uma realidade que só reforça  a importância da revalorização do estudo da gramática no novo programa de Português do ensino básico, em Portugal, em vigor já a partir de Setembro próximo.

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1. O Instituto Camões celebrou recentemente uma parceria com a sociedade luso-canadiana de beneficência (Luso Canadian Charitable Society) para a criação do Centro de Língua Portuguesa em Toronto, no Canadá. Prevê-se que o centro venha a ter todas as condições para se tornar num importante pólo de divulgação da cultura e língua portuguesa.

2. Vão decorrer, nos dias 16 e 17 de Junho, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, as jornadas  Le Discours Politique Portugais en perspective: approches plurielles, com a presença do professor Christian Plantin (CNRS) e do professor Fred Hailon (Université de Tours). Consultar programa aqui.

3. No programa Língua de Todos de sexta-feira, dia 10 de Junho (às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h15*): norma e variante: que formas de português são faladas e escritas no Brasil e nos PALOP? E qual a origem da expressão «não há figos para ninguém»?

4. No programa Páginas de Português de domingo, 12 de Junho (às 17h00**, na Antena 2): norma e variação, uma conversa com a professora Maria Helena Mira Mateus. Quem estabelece o conjunto de regras para se escrever e falar correctamente uma língua? Quem prescreve, quem regula o bom uso da língua e lhe define os modos? E, ainda, a rubrica Uma Carta É Uma Alegria da Terra, rubrica em colaboração com os CTT, Correios de Portugal.

5. No programa Cuidado com a Língua!*, do dia 13 de Junho, na RTP 1, por volta das 21h05**: «Flor da idade», «a flor do sal», «a flor da nobreza», «a flor da donzela». Ou, ainda, «ter os nervos à flor da pele». A explicação de expressões, ditos e máximas, que conta com a participação de Tânia Ribas de Oliveira, no papel de uma florista. E, nos habituais “pontapés na gramática”, falar-se-á dos falsos particípios passados encarregue e empregue.

6. As actualizações regressam na terça-feira, 14 de Junho, depois da celebração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas e dos festejos de Santo António. Entretanto, uma selecção das respostas e de outros conteúdos do Ciberdúvidas fica também disponível no Facebook. A propósito, veja-se aqui a notícia sobre como França baniu os termos Facebook e Twitter das emissões de rádio e televisão.

* Com repetição nos demais quatro canais da televisão pública portuguesa, ficando ainda disponível na página da RTP na Internet, no sistema podcast.

** Hora oficial de Portugal continental.

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1. A ideia vem de Espanha e é boa. O Instituto Cervantes organiza em 18 de Junho o Dia E, o dia do espanhol, centrado na votação das palavras favoritas dos falantes dessa língua. Participam nesta iniciativa numerosas figuras da literatura, das artes, das ciências, do espectáculo, dos desportos, de todo o mundo hispânico. E se entidades congéneres da espanhola, em qualquer país da CPLP, fizessem algo de parecido para festejar o português?

2. Na Antologia já se celebra em verso a língua portuguesa, num reencontro com o poeta português Afonso Lopes Vieira (1878-1946).

3. Dúvidas sobre ortografia, etimologia, morfologia, sintaxe e semântica preenchem a actualização do consultório. O acesso a estes e a outros conteúdos está também disponível no Facebook.

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1. Meio ambiente e desenvolvimento definem campos de acção frequentemente em conflito. E, havendo visões antagónicas, depressa se criam palavras que depreciam e ofendem o adversário. Disto são exemplo eco-histérico e biodesagradável, dois neologismos que a ministra brasileira do Ambiente, em entrevista, não hesitou em empregar polemicamente: «Não sou eco-histérica, nem biodesagradável. Mas sou uma cidadã consciente.»

2. No consultório, as novas respostas andam à volta de áreas de estudo como o léxico, a etimologia, a morfologia, a sintaxe, a ortografia e a pontuação. Uma selecção destes e doutros conteúdos também está disponível no Facebook.

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1. Sectores da opinião pública em língua portuguesa continuam a manifestar-se contra a intensificação do uso irreflectido ou desnecessário dos anglicismos e outros estrangeirismos. A propósito deste descontentamento, chamamos a atenção para um artigo publicado no jornal brasileiro O Estado de S. Paulo, da autoria do professor universitário Roberto Macedo, no qual se propõe mais uma alternativa vernácula à palavra inglesa bullying. Sobre este assunto sugerimos também a leitura de:

2. Na nova actualização do consultório, discutimos a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, fazemos uma breve incursão etimológica, para finalmente nos embrenharmos na sintaxe e na semântica. Uma selecção das respostas e dos demais conteúdos do Ciberdúvidas encontra-se também disponível no Facebook.

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1. É abundante a bibliografia sobre norma e uso no âmbito dos estudos linguísticos. Várias obras e artigos de divulgação sobre este tema, de extensão e validade variáveis, são facilmente acessíveis.

Destacamos hoje um artigo de imprensa, da linguista Clarisse Assalim (Centro Universitário da Fundação Santo André), motivado ainda pelo rescaldo da polémica em torno da edição, no Brasil, do manual escolar Por Uma Vida Melhor. A clareza, a brevidade e a incisividade justificam-no: «Você já ouviu um biólogo dizer que uma maçã está errada, ou um astrônomo dizer que o sol não existe? (...) O mesmo se dá com os fatos linguísticos. "Nóis pega o pexe" é um fato, goste dele ou não. Como qualquer cientista, um linguista jamais dirá que um fato é errado ou feio.»

Tanto prescrever o que deve ser dito como descrever o que de facto se diz são acções necessárias. O grande erro está em não ter em mente a distinção absoluta entre essas as duas práticas: uma é reguladora e institucional, a outra é científica.

Divulgamos, a propósito, dois eventos de relevo em investigação linguística:

• no dia 15 de Junho decorrerá, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, mais um encontro Quid Novi?, que reunirá todos os linguistas doutorados nos anos 2010 e 2011 (o programa encontra-se aqui);

• na semana de 25 a 29 de Julho de 2011, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, terá lugar 38.º Congresso Mundial de Linguística Sistémico-Funcional (o programa preliminar pode ser consultado aqui).

2. Não se pode deixar de assinalar que foi em português que o arquitecto Eduardo Souto Moura se fez ouvir, ao receber em Washington o Prémio Pritzker de 2011, numa cerimónia que contou também com uma intervenção do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O discurso de Souto Moura pode ser lido aqui.

3. No Pelourinho, Paulo J. S. Barata aponta um caso de confusão entre vêm, 3.ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo vir, com veem, 3.ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ver (forma que, em conformidade com o Acordo Ortográfico de 1990, substitui vêem).

4. No programa Cuidado com a Língua!*, do dia 6 de Junho, na RTP 1, por volta das 21h05**, a actriz Cláudia Gomes contracena com Diogo Infante, numa banca de fruta, no Mercado da Ribeira, em Lisboa. Ela como vendedora, e ele como freguês, à volta das curiosidades, provérbios e histórias à volta dos frutos. Por exemplo, a que associa a maçã ao herói lendário Guilherme Tell. E o  que quer dizer (em Angola) «ficar a chupar tamarindo»? Tempo, ainda, para se falar das novas regras do uso do hífen.

* Com repetição nos demais quatro canais da televisão pública portuguesa, ficando ainda disponível na página da RTP na Internet, no sistema podcast.

** Hora oficial de Portugal continental.