O que é de uso corrente em português pode revelar grandes dificuldades para o estudante estrangeiro. Refira-se, por exemplo, a diferença entre ser e estar, permanente quebra-cabeças para falantes que tenham por língua materna o francês, o inglês ou o alemão, visto estas línguas, à semelhança de muitas outras, não conhecerem a lexicalização de tal contraste. Precisamente sobre este tópico, uma das novas respostas em linha explica como «estar casado» não significa exactamente o mesmo que «ser casado». As restantes questões abordadas neste dia dizem respeito à ortografia, ao género gramatical, à formação de palavras, aos topónimos e às figuras de estilo.
Recorde-se que se encontra disponível também no Facebook uma selecção destes e dos demais conteúdos do Ciberdúvidas.
1. De certo modo a propósito da polémica à volta de «a presidente» e «a presidenta», chegam ecos da Suécia, acerca dum estabelecimento de educação pré-escolar, onde se evitam marcas linguísticas de masculino ou feminino, para afastar a interferência de estereótipos sexuais no desenvolvimento das crianças. Uma das estratégias adoptadas consiste no uso, em sueco, de uma forma pronominal neutra (hen) em lugar das formas han e hon, equivalentes a ele e ela, respectivamente. Não havendo género neutro no sistema de pronomes pessoais do português, que soluções proporiam os defensores de um projecto educacional semelhante em qualquer país da CPLP?
2. Respostas sobre léxico, sintaxe e estilística preenchem a actualização do consultório. Como sempre, no Facebook, encontra-se igualmente disponível uma selecção destes e doutros conteúdos.
1. Voltam as respostas do consultório, distribuídas por temas variados. Estão assim em foco:
2. Não esquecer: uma selecção dos conteúdos do Ciberdúvidas está também disponível no Facebook.
1. Em tempo de marcada renovação política em Portugal, é altura de estar atento aos novos processos de construção de auto-imagem e às estratégias de contra-ataque e defesa na arena do discurso político. Clientelas, boys, offshores, favorecimentos... são palavras que todos querem ver erradicadas de uma vez por todas da gestão da coisa pública. Mas, atenção, este não é um problema de semântica, como, erradamente, a imprensa propala.
2. Ainda a propósito da vida política portuguesa, a eleição de Assunção Esteves para a presidência da Assembleia da República reacende a mesma polémica gerada no Brasil pela ascensão de Dilma Rousseff ao cargo de chefe do Estado: diz-se «a presidente», ou «a presidenta»? As respostas não são consensuais, como se conclui da leitura de três pareceres, disponíveis na rubrica O Nosso Idioma.
3. No programa Língua de Todos de sexta-feira, 24 de Junho (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, dia 25, às 9h15*), entrevista-se António Bastos Silva, reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Ilhéus, Bahia) sobre as relações Portugal-Brasil-África e o reforço dos laços de cooperação, académicos e linguísticos, temas debatidos no encontro entre a Universidade Aberta e a Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais. E, ainda: quando se deve empregar «de mais» e «demais»? Por seu lado, a emissão do Páginas de Português de domingo, 26 de Junho (às 17h00*, na Antena 2), é dedicada à herança grega na língua portuguesa. E, em tempo de crise, será que uma língua, como a portuguesa, baixa de cotação? E o que se fez dos 30 milhões de euros atribuídos ao Fundo da Língua pelo Governo cessante? Finalmente: a origem e o significado da expressão «ver-se grego».
4. No programa Cuidado com a Língua** (segunda-feira, 27 de Junho, às 21h05*, na RTP 1), apresentado por Diogo Infante, com a locução de Maria Flor Pedroso e a participação da actriz Luísa Ortigoso, fala-se de peixes e de algumas expressões populares, como «pescadinha com rabo na boca» ou «chegar a brasa à sua sardinha». E também dos vários sentidos da palavra truta, em Portugal e no Brasil. E porque é que é «(meter-se numa) salgalhada», e não «(meter-se numa) salganhada»?
5. As festas dos santos populares (Santo António, São João e São Pedro) são conhecidas no Brasil como «festas juninas». Reveles é a forma de um apelido (ou sobrenome). «Vir ao caso» é uma expressão fixa. Estes e outros apontamentos linguísticos preenchem as novas respostas do consultório, igualmente acessíveis no Facebook.
6. As actualizações do Ciberdúvidas regressam na segunda-feira, 27 de Junho, depois do feriado do Corpo de Deus (ou Corpus Christi, em latim), em Portugal.
* Hora oficial de Portugal continental.
** Com repetição nos demais quatro canais da televisão pública portuguesa, ficando ainda disponível na página da RTP na Internet, aqui.
1. Graças à sua herança cultural, Macau constitui uma plataforma favorável à aproximação entre a República Popular da China e os países da CPLP. Contudo, a conservação da língua portuguesa nesse território revela-se problemática, de acordo com o diagnóstico do presidente da Associação dos Macaenses, Miguel Senna Fernandes, que deixa um alerta: «Há muito macaense que deixou de falar português.»
2. Neste dia, de solstício, chegam o Verão, ao hemisfério norte, e o Inverno, ao hemisfério sul. Por isso, sobre a etimologia dos nomes das estações do ano, retomamos a consulta de um apontamento de Maria Regina Rocha, em O Nosso Idioma.
3. A sintaxe é o tema forte de mais uma actualização do consultório, na qual há ainda lugar para um caso de pleonasmo, bastante difundido no uso. Como sempre, uma selecção das respostas e dos conteúdos das demais rubricas pode ser consultada no Facebook.
1. No Brasil, o numeral bilião (ou, mais comummente, bilhão) significa «mil milhões», mas em Portugal a palavra é sinónima de «um milhão de milhões». No Pelourinho, José Mário Costa refere-se ao uso lusitano no contexto da crise financeira de alguns países europeus.
2. Nas novas respostas do consultório, fala-se, entre outros temas, do advérbio tampouco, de adjectivos compostos, do plural de sobrolho, de regência e de ortografia. Uma selecção destes e doutros conteúdos do Ciberdúvidas pode igualmente ser consultada no Facebook.
1. O Colóquio Educação Bilingue e Bilinguismo, uma iniciativa conjunta do ILTEC (Instituto de Linguística Teórica e Computacional) e da Associação de Professores de Português, a decorrer nos dias 20 e 21 de Junho, na Fundação Gulbenkian, Lisboa, é o tema central dos programas de rádio Língua de Todos (da próxima sexta-feira, dia 17, às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h15*) e Páginas de Português (de domingo, 19 de Junho, às 17h00, na Antena 2).
2. A origem e o valor das palavras, as abreviaturas, as regências e a pronúncia dominam as novas respostas do consultório, marca evidente da preocupação dos falantes de língua portuguesa em usar a forma mais correcta, nestes tempos em que muitas variantes emergem, umas legítimas e aceitáveis, mas tantas outras inconvenientes… e agramaticais.
3. Uma selecção dos conteúdos está disponível no Facebook.
* Hora oficial de Portugal continental.
1. Em Portugal, a fúria de abreviar não conhece limites: abundam as siglas no plural, algumas ficam por descodificar, havendo outras que incluem arbitrariamente minúsculas ou algarismos. No Pelourinho, Paulo J. S. Barata ilustra e comenta este caos.
2. Na actualização do consultório, entre outros assuntos, desvenda-se um caso de etimologia, descobre-se uma oração com função de vocativo, desencanta-se um uso da linguagem jurídica, e decifra-se uma metáfora. Uma selecção destes e doutros conteúdos está disponível no Facebook.
1. Às crianças, é frequente dizer-se «não é "mais grande", é "maior"», quando se trata de usar o comparativo de superioridade do adjectivo grande. Porém, há um contexto em que «mais grande» é aceitável, como explica uma das novas respostas, nas quais, entre outros assuntos, também se fala da formação da palavra fusível e da etimologia de Fajã, topónimo especialmente frequente nos Açores.
2. Recorde-se que no Facebook se disponibiliza o acesso a uma selecção dos conteúdos do consultório e das demais rubricas do Ciberdúvidas.
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