1. A língua portuguesa é tema da actualidade em Angola. Por um lado, a comunicação social aponta fragilidades no domínio de certas estruturas gramaticais por parte dos falantes. Por outro, anuncia-se uma obra sobre o uso correcto do português, com o curioso título de Ensaboado e Enxaguado, cujo autor é o professor universitário e jurista José Carlos de Almeida. O livro já deu que falar, como mostra o comentário crítico publicado no jornal angolano O País.
2. Entretanto, soube-se que na Venezuela o interesse pelo português cresce e bate recordes — mas faltam salas para o seu ensino.
3. Os gentílicos e a discussão de critérios para a sua formação têm lugar privilegiado nas novas respostas do consultório, onde também são dados esclarecimentos acerca dos modos verbais e da organização textual. Uma selecção destes e dos demais conteúdos do Ciberdúvidas está igualmente disponível no Facebook.
Os alunos portugueses na faixa etária dos 15 anos não compreendem o que lêem. No geral, os estudantes não vão além da detecção do tema principal do texto, segundo um estudo realizado pela rede Eurydice, divulgado recentemente pela União Europeia. O estudo tomou por base os resultados do Programme for International Student Assessment (PISA) de 2000 e de 2009. Portugal revelou uma melhoria, mas continua abaixo da média.
A situação dos alunos portugueses do 4.º ano é desconhecida, pois Portugal não participou no estudo realizado para esse efeito, o PIRLS (Progress in International Reading Literacy Study).
1. Continuando o gosto romântico pelas tradições populares, muitos poetas e escritores portugueses da primeira metade do século XX conceberam a fala do povo como manifestação de vitalidade do génio colectivo, capaz de revivificar o idioma literário. Nesta linha de pensamento entronca a escrita de Antero de Figueiredo (1966-1953), como indicia um pequeno texto que agora se divulga na rubrica Antologia e no qual se lêem estas palavras, referentes à língua: «Com que gosto vou partir para a aprender, ouvindo-a, arejada e leal, da boca livre do povo, onde espontaneamente acodem termos incisivos e esbeltos modos de dizer [...].»
2. Entre as novas respostas do consultório, merece relevo especial o comentário à expressão «viajar na maionese», de provável origem brasileira, mas também usada em Portugal. São ainda abordados tópicos relativos ao léxico, ao sistema verbal, às classes de palavras e às regências. Uma selecção destes e doutros conteúdos do Ciberdúvidas está acessível igualmente no Facebook.
1. A emissão do programa Língua de Todos de sexta-feira, dia 8 de Julho (às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h15*) é dedicada às reflexões da professora Inocência Mata, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e especialista em literaturas africanas de língua portuguesa: para quando a leitura de clássicos africanos nas escolas secundárias portuguesas? Ou, no sentido inverso, que espaço tem a literatura portuguesa nas escolas secundárias africanas?
Em tempo de exames nacionais em Portugal, o Páginas de Português (de domingo, 10 de Julho, às 17h00, na Antena 2) apresenta uma leitura sobre os exames e os resultados dos exames de Português, dos 9.º e 12.º anos de escolaridade. Outros temas tratados na rubrica Ciberdúvidas Responde: as diferenças entre «abaixo de», «debaixo de» e «em baixo de»; entre o «porque», o «por que» e o «por quê». E é «a «mais bem vestida», ou «a melhor vestida»; «o mais mal preparado», ou «o pior preparado»? Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.
*Hora oficial de Portugal continental.
2. Surpreendentemente consciente e atento, um grupo de muito jovens alunos portugueses do 6.º ano de escolaridade realizou um trabalho em vídeo, intitulado «Troca de palavras», sobre a controvérsia gerada pelo Acordo Ortográfico, a ser aplicado no ensino português a partir de Setembro de 2011. Trata-se de uma polémica permanente em Portugal, que o Ciberdúvidas continua a acolher (vide o novo artigo do escritor e poeta Vasco Graça Moura) — sempre com a atenção e com a indispensável equidistância de um espaço respeitador de todas as sensibilidades e correntes de opinião à volta da língua portuguesa.
3. O que é um cabideiro? A resposta encontra-se no consultório, cuja actualização discute ainda um caso de ortografia, dois gentílicos (voliniano e marmáride), uma abreviatura, um contraste semântico, uma situação de homofonia e a análise sintáctica de dois verbos (sentar-se e lembrar-se). Uma selecção dos conteúdos do Ciberdúvidas está disponível também no Facebook.
1. Alheios, mas paradoxalmente conscientes e atentos, às controvérsias geradas pelo Acordo Ortográfico, um grupo de muito jovens alunos portugueses do 6.º ano de escolaridade realizou um trabalho em vídeo, uma «Troca de palavras» sobre o que vai ser aplicado no ensino português a partir do próximo ano lectivo (com início em Setembro de 2011). Iniciativa a assinalar, pela forma criativa como estes jovens abordaram a polémica em torno da adopção do AO 90. Esta é, pelo que se vê e lê, uma permanente controvérsia em Portugal que o Ciberdúvidas continua a acolher (vide o novo artigo do escritor e poeta Vasco Graça Moura) – sempre com a atenção e com a indispensável equidistância de um espaço respeitador de todas as sensibilidades e correntes de opinião à volta da língua portuguesa.
2. Para quando a leitura de clássicos africanos nas escolas secundárias portuguesas? Ou, no sentido inverso, que espaço tem a literatura portuguesa nas escolas secundárias africanas? As reflexões da professora Inocência Mata, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e especialista em literaturas africanas de língua portuguesa, destacam-se na na emissão de Língua de Todos (da próxima sexta-feira, dia 8 de Julho, às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h15*).
Em tempo de exames nacionais em Portugal, no programa Páginas de Português (de domingo, 10 de Julho, às 17h00, na Antena 2) é apresentada uma leitura sobre os exames e os resultados dos exames de Português, dos 9.º e 12.º anos de escolaridade. Outros temas tratados na rubrica Ciberdúvidas Responde: as diferenças entre «abaixo de», «debaixo de» e «em baixo de»; entre o «porque», o «por que» e o «por quê». E é «a mais bem vestida», ou «a melhor vestida», «o mais mal preparado», ou «o pior preparado»? Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.
*Hora oficial de Portugal continental.
3. A etimologia e a história das palavras são algo que fascina um grande grupo de consulentes e, muitas vezes, revelam-nos grandes surpresas. Exemplo disso são algumas das novas respostas (sobre o verbo narrar; acerca do adjectivo piurso, do particípio passado confitado e da abreviatura etc.; e também, relativamente aos nomes próprios Ferdinando e Fernando). A pronúncia, a ortografia e a sintaxe destacam-se, igualmente, como temas da actualização do consultório.
4. Uma selecção dos conteúdos do Ciberdúvidas está também disponível no Facebook.
1. Parafraseando Camões, «mudam-se os tempos...» — mudam as palavras o seu sentido. Assim acontece com o substantivo reforma, cuja semântica está hoje a perder a conotação que a ligava ao horizonte da justiça social. A rubrica O Nosso Idioma propõe uma reflexão sobre este tema, num texto de Daniela Cordeiro.
2. As novas respostas do consultório incidem sobre as áreas da pronúncia, ortografia, léxico e sintaxe. Uma selecção destes conteúdos e do das outras rubricas encontra-se disponível também no Facebook.
1. O anglicismo blog foi aportuguesado como blogue, a cuja família pertencem blogosfera e bloguístico. Do mesmo grupo também fazem parte as palavras bloguista e blogueiro, com o significado de «autor de blogues» e de «pessoa que costuma acessar blogues» (Dicionário Houaiss, 2009), que, em Portugal, se vêem suplantadas pelo inglês blogger. Entretanto, este empréstimo aparece adaptado sob a forma bloguer num jornal português. Assim se traça um percurso neológico, que Paulo J. S. Barata comenta em O Nosso Idioma.
2. Também nos estrangeirismos se centra a actualização do consultório, não esquecendo a sintaxe, a semântica, os estudos literários e os critérios bibliográficos. Estes conteúdos e os das demais rubricas encontram-se disponíveis igualmente no Facebook.
1. Em O Nosso Idioma, Maria Regina Rocha comenta a génese de presidenta, para recomendar a forma presidente também em referência a mulheres. No Pelourinho, José Mário Costa sugere que os clubes de futebol portugueses sejam mais assertivos no uso do português.
2. Nas novas respostas do consultório, entre tópicos relativos à pronúncia, à ortografia, à semântica e à sintaxe, o relevo vai para a expressão latina a priori, para assinalar que esta não tem plural. Uma selecção destes e dos demais conteúdos do Ciberdúvidas está disponível também no Facebook.
Queira-se, ou não, o inglês ainda é a língua franca, quer em áreas científicas, quer em áreas do conhecimento e convivência geral. Aliás, o número de falantes não nativos do inglês ultrapassa largamente o número de falantes nativos. O que tem alguma novidade é a tese do belga Philip van Parijs, segundo a qual a unidade linguística, neste caso, a universalidade da proficiência média em inglês, é condição para a aceleração da democratização mundial — o que traz um desígnio moral à aprendizagem e ao ensino daquela língua.
A aplicação do Acordo Ortográfico em Portugal continua a dar que falar, com recentes tomadas de posição a favor da sua «suspensão imediata» pelo novo Governo PSD/CDS. Com uma resposta, já, do respetivo secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, em declarações à agência Lusa: «Vamos prosseguir o trabalho de implementação, porque é um caminho sem retorno.» Na decorrência, aliás, do que, sobre este tema, está consignado no Programa do XIX Governo Constitucional de Portugal (págs.126-127).
Recorde-se que, em 9 de Dezembro de 2010, ainda na vigência do Governo de José Sócrates, foi aprovada a Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 sobre a entrada em vigor do Acordo Ortográfico em Portugal. Aí se determina a sua aplicação nos ensinos básico e secundário português no ano lectivo de 2011-2012, a partir de Setembro deste ano, e, depois de 1 de Janeiro de 2012, em todos os demais serviços, organismos e publicações oficiais do Estado português, incluindo o Diário da República.
Lusa, RTP e vários jornais e publicações, como os do grupo Impresa ou o diário desportivo Record, Universidade Lusófona e Portugal Telecom (PT) são algumas outras entidades que já começaram a reger-se conforme as novas regras da ortografia do português.
Cf. Acordo Ortográfico em vigor em Portugal desde 13 de maio de 2009 + O tratado internacional vinculativo do Acordo Ortográfico + Acordo Ortográfico nas escolas portuguesas em setembro de 2011 e três meses depois nos demais organismos do Estado + Novamente a posição do Ciberdúvidas quanto ao Acordo Ortográfico + Ainda o Ciberdúvidas e o Acordo Ortográfico
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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