O colóquio-debate Esta língua que nos une, promovido pela RDP África, que assinalou o Dia de África deste ano, é o tema central do programa Língua de Todos de sexta-feira, dia 3 de Junho (às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h15*). Na emissão de Páginas de Português de domingo, 5 de Junho (às 17h00, na Antena 2), uma conversa com a professora Maria Alzira Seixo, sobre a obra de Manuel António Pina, Prémio Camões 2011. E qual é o plural de eleitor-fantasma: “eleitores-fantasmas", ou "eleitores-fantasma"? E, por último, a revelação da carta premiada do mês, na rubrica "Uma Carta É Uma Alegria da Terra" em colaboração com os CTT – Correios de Portugal. Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.
*Hora oficial de Portugal continental.
1. Ainda a propósito da polémica em torno do ensino do português no Brasil, assinale-se a posição do escritor brasileiro João Ubaldo Ribeiro, manifestada num texto intitulado Observações de um usuário, onde diz: «[A] norma culta não tem nada de elitista, é ou devia ser patrimônio e orgulho comuns a todos. Elitismo é deixá-la ao alcance de poucos, como tem sido nossa política.»
2. A par de dúvidas sobre léxico, sintaxe e ortografia, a questão da pronúncia de palavras como rio, frio e tio volta a ser tratada nas novas respostas em linha. Lembramos que, no Facebook, se dá relevo a alguns conteúdos do consultório e de outras rubricas do Ciberdúvidas.
1. Em Moçambique, desenvolve-se uma nova variedade de português, com características fónicas e sintácticas próprias. Na Montra de Livros, justamente para quem se interessa pelo processo de transformação de uma língua colonial em língua materna, apresenta-se A Génese do Português de Moçambique, um livro de Perpétua Gonçalves, investigadora e docente na Universidade Eduardo Mondlane (Maputo).
2. A língua inglesa é estimável, mas a sua hegemonia como veículo da ciência, da tecnologia e da moda satura com anglicismos os textos em outros idiomas, como no português, por exemplo. É este o mote de um curioso apontamento publicado num blogue.
3. Dúvidas sobre morfologia e ortografia preenchem inteiramente a actualização do consultório. Uma selecção das nossas respostas e dos conteúdos das demais rubricas está também disponível no Facebook.
1. Paulatinamente, o português parece alcançar o lugar que merece nas organizações internacionais, como é o caso da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), que lhe conferiu recentemente o estatuto de língua de trabalho. O brasileiro Divino Moura, vice-presidente da OMM, explica que essa atribuição resulta de meios financeiros comparticipados: «Nós conseguimos juntar contribuições de Angola, China (Macau), Brasil, Portugal e da própria Suíça, constituindo um fundo para poder pagar, por exemplo, intérpretes para o português.»
2. A propósito da expressão «golpe de asa», uma das novas respostas do consultório remete para o conhecido poema Quase, de Mário de Sá-Carneiro (1890-1916), poeta português da Geração de Orpheu. Na mesma actualização, lugar ainda para os gentílicos, a regência verbal, os sinónimos e a formação de palavras. Como sempre, no Facebook, fica disponível uma selecção dos conteúdos do Ciberdúvidas.
1. A jusante da recente polémica gerada no Brasil em torno de "os livro", e concordâncias similares, presentes no livro escolar Por Uma Vida Melhor, Sírio Possenti, no seu espaço regular do Terra Magazine, desenha a caricatura da pseudo-investigação feita pelos media sempre a campear em questões de língua e usos linguísticos. Um texto, simplesmente, sarcástico.
2. Mas, ainda: aceitando que só a norma culta é válida, como explicar a dicionarização de bitaite, por exemplo?
3. Défice, juros, rating, dívida, mercados, bolsas, bancarrota... é este o campo lexical que invade os media e as redes sociais. E um caso particular de publicidade.
4. No programa Cuidado com a Língua!* do dia 30 de Maio, na RTP 1, por volta das 21h05**, o actor Joaquim Monchique é o convidado, à volta de carcaças, papo-secos e de todo o mundo de uma padaria de muitas e curiosas expressões linguísticas. Por exemplo, «ganhar o pão com o suor do seu rosto» e a sua origem bíblica. E, entre alguns dos habituais tropeções e outros pontapés na gramática (por exemplo, o recorrente “precaridade”), falar-se-á ainda das novas regras do uso hífen, na rubrica O que (não) muda com o Acordo Ortográfico.
* Com repetição nos demais quatro canais da televisão pública portuguesa, ficando ainda disponível na página da RTP na Internet, no sistema podcas
** Hora oficial de Portugal continental.
.Com o novo Acordo Ortográfico, caem as consoantes mudas no interior das palavras, como em ruptura. Mas, havendo já a variante (dicionarizada) rotura, como vamos passar a escrever: rutura, ou rotura? Ou ambas, como até aqui? O esclarecimento destas dúvidas pode ser ouvido no programa Língua de Todos de sexta-feira, 27 de Maio (às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h15*). Para além destas, duas outras questões são objecto de resposta: as formas-padrão para as citações de artigos ou referências a determinadas obras; e como se diferencia a frase do enunciado?
Na emissão de Páginas de Português de domingo, 29 de Maio (às 17h00, na Antena 2) reflecte-se sobre vários temas: as competências dos alunos portugueses para a produção escrita, numa conversa com a professora Maria Antónia Coutinho, do Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa; o termo economês, muito recorrente no espaço mediático, nestes tempos de crise; a confusão entre realizar e compreender.
*Hora oficial de Portugal continental.
1. Esta Língua que nos Une é o título do 5.º Seminário Internacional RDP África, que se realiza em 26 de Maio, pelas 18h00, no Auditório Agostinho da Silva da Universidade Lusófona, em Lisboa. Este evento tem por oradores convidados o vice-presidente do Instituto Camões, Mário Filipe, do linguista moçambicano Gregório Firmino, da Universidade Eduardo Mondlane, e de Margarita Correia, docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e vice-presidente do ILTEC. De referir ainda que a sessão, com entrada livre, está também aberta ao debate e às intervenções da plateia.
2. Em Minde (Centro de Portugal) — terra conhecida pelo minderico —, localiza-se o Centro Interdisciplinar de Documentação Linguística e Social (CIDLeS), que no dia 29 de Maio, pelas 16h00, no Cine-Teatro São Pedro em Alcanena, se dá a conhecer numa palestra subordinada ao tema O CIDLeS e as Línguas Ameaçadas na Europa: Da política de língua às tecnologias da línguagem. Mais informação aqui. E ainda sobre o minderico ver também aqui.
3. Entre as novas respostas, o relevo vai para um provérbio — discutível, como todos eles: «beleza não põe mesa». No Facebook, encontra-se igualmente disponível uma selecção dos conteúdos do consultório e das demais rubricas.
1. Do Brasil, continuam a chegar ecos da polémica suscitada pelo lançamento de um livro para alfabetização de adultos. Quem defende a obra assinala que o chamado «falar errado» é um sistema coerente, mais acessível do que a «norma culta», para apoiar o processo de aprendizagem da palavra escrita. Mas, afinal, o que é a norma? Quem a fixa? Para reflectir sobre este tema, propomos a leitura de um texto de Ivo Castro, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, bem como das seguintes respostas em arquivo:
2. Toponímia, sintaxe, pontuação, relações lexicais e formação de palavras são as áreas linguísticas abordadas nas novas respostas em linha no consultório. Lembramos que uma selecção dos conteúdos do Ciberdúvidas também se encontra no Facebook.
1. A língua portuguesa tem mais de oitocentos anos de história e milhões de falantes espalhados pelo mundo, mas este facto continua a não ser devidamente valorizado em certas esferas do poder. É uma conclusão a tirar das notícias sobre o fórum A economia das línguas portuguesa e espanhola, recentemente realizado em Lisboa. À margem deste evento, a presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho, considerou que «é necessária uma maior consciência colectiva» da importância da língua portuguesa. O deputado português José Ribeiro e Castro, por seu lado, reconheceu aos empresários «uma nova atitude», mas acusa muitos políticos de inconsciência, recordando o afastamento do português do sistema de patentes europeu.
2. Com a aproximação das eleições em Portugal, os políticos em campanha falam em bancarrota. Qual a origem desta palavra? A resposta encontra-se em arquivo, aqui, no Ciberdúvidas.
3. A etimologia também é tema da actualização do consultório, que aborda ainda tópicos respeitantes às abreviaturas, à sintaxe e ao significado de termos linguísticos. Uma selecção destas novas respostas, bem como dos conteúdos de outras rubricas, está sempre disponível no Facebook.
1. Um guia rápido para aplicação da nova ortografia encontra-se já disponível nas páginas da Internet dos Ministérios da Educação e da Cultura, estando previsto acontecer o mesmo nos demais ministérios do Governo português. O documento é da responsabilidade da mesma equipa de linguistas que elaborou o Vocabulário Ortográfico do Português (VOP) e o conversor Lince – ferramenta de conversão automática de texto para a nova grafia –, ambos acessíveis de forma gratuita no Portal da Língua Portuguesa e recomendados oficialmente em Portugal.
Segundo a Resolução do Conselho de Ministros n.º 375/2010 especificamente destinada a este assunto, o Acordo Ortográfico passa a ser aplicado nos ensinos básico e secundário a partir do mês de Setembro e, quatro meses mais tarde (ou seja, em Janeiro de 2012), em todos os demais organismos e publicações do Estado português. Até lá, ficou determinado no ponto 5: « (...) que, a partir de 1 de Janeiro de 2011, cada departamento governamental desenvolva iniciativas de informação e de sensibilização e assegure a divulgação de conteúdos, previamente articulados, no respectivo sítio da Internet, para esclarecimento da aplicação do Acordo Ortográfico».
Outra ferramenta importante para uma mais fácil e rápida adopção da nova grafia do português são os correctores ortográficos já harmonizados pelo VOP do ILTEC lançados pela Microsoft, o Office 2007 e o 2010. Os programas gratuitos (Open Office, Firefox, etc.) deverão estar prontos brevemente.
2. Destaque neste dia para os dois últimos textos integrados na nossa base de dados: um do professor Fernando Cristóvão e outro do nosso colaborador Paulo Barata.
3. No Cuidado com a Língua!* do dia 23 de Maio, segunda-feira, às 21h30**, na RTP 1, depois do Telejornal: Porque se diz calças, ou um par de calças, e não "(uma) calça"? E qual a relação entre calças e calçado? O actor Miguel Guilherme, no papel de alfaiate, é o convidado do programa deste dia. Nele se fala, também, de alguns femininos e plurais… "traiçoeiros". Por exemplo, sobre o feminino “alfaiata” ou sobre a pronúncia de “acordo”, no plural. Ou, ainda, dos acentos que caem com o Acordo Ortográfico.
* Com repetição nos demais quatro canais da televisão pública portuguesa, ficando ainda disponível na página da RTP na Internet, aqui.
** Hora oficial de Portugal continental.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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