«Não conheço nenhuma música onde o português seja tão bem cantado e tão bem dito» — comentou a fadista Mariza, aquando do reconhecimento do fado como Património Imaterial da Humanidade, por parte da UNESCO. A consagração também da língua portuguesa nesta «canção muito especial»– secular, «que começou nos bordéis e na prostituição, é do povo, chega à aristocracia e à burguesia, adapta-se aos tempos modernos, e entra no circuito do mundo» –, como a descreveu Carlos do Carmo, outro dos seus grandes intérpretes, na entrevista de ambos no Telejornal da RTP 1. Oportunidade para uma evocação de Amália Rodrigues, expoente maior da chamada «canção nacional» portuguesa, cantando Luís de Camões.
E quando se compra o jornal e não se percebe o que vem lá escrito? Pode ser por causa de uma sintaxe arrevesada ou pode ser por causa do uso de palavras obscuras. A este propósito reproduzimos a crónica do provedor do leitor do jornal Público.
Do mesmo jornal, e com a devida vénia, reproduzimos o artigo "Euronews: contra o apagão", do deputado português José Ribeiro e Castro.
O 19.º Prémio 2011 de Tradução Científica e Técnica em Língua Portuguesa 2011, atribuído pela União Latina e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, foi entregue aos tradutores das obras Fundamentação Linguística da Sociologia e História da Guerra do Poloponeso, a saber, Lumir Nahodil, Raul Rosado Fernandes e Maria Gabriela Granwehr.
A Amazon Kindle lançou recentemente uma página em português para facilitar a pesquisa exclusiva de obras em língua portuguesa. A lista, que pode ser consultada aqui, agrega 3319 títulos. A listagem dos livros eletrónicos em português sucede a rumores de que a Amazon pode vir a abrir uma loja Kindle para o mercado brasileiro.
«Escola para todos», diz o lema. E, nos dias que correm, nunca se esteve tão perto de se atingir a universalidade do acesso ao ensino. No entanto, as reais consequências desse estado de coisas são parcas. Um novo lema e uma nova realidade se impõem: «Oportunidades de aprendizagens de qualidade para todos.» Como recorrentemente tem vindo a público, a situação do ensino do português, quer em Portugal quer no Brasil, revela não só que há fatores que a escola não controla, mas sobretudo demonstra que há fatores que a escola perpetua:
Vale a pena retomar o tema do multilinguismo, atendendo a que, segundo o Eurobarómetro 243, de 2006, 58% da população portuguesa reconhece não saber falar qualquer língua estrangeira, e uma vez que estamos em face de um eventual ajustamento do currículo nacional do ensino básico em Portugal, mediante o qual a aprendizagem de uma segunda língua estrangeira pode passar a ser opcional.
Afinal, quais as vantagens para o cidadão comum de ser fluente em mais do que uma língua estrangeira? Alguns valores — caros — nos dias que correm são desencadeados por uma competência multilingue, como seja o emprego e a competitividade empresarial.
Mas também há a relevar que a «aprendizagem das línguas desenvolve a atenção, a percepção, a memória, a concentração, o pensamento teórico e o pensamento crítico, bem como a capacidade de resolver os problemas e de trabalhar em equipa» (EC, Final Report, High LevelGroup on Multilingualism, 2007, tradução livre).
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal vai fundir o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento e o Instituto Camões, dando origem ao futuro Instituto da Cooperação e da Língua.
Entretanto, o conselheiro das Comunidades Portuguesas na Bélgica diz que o ensino do português no estrangeiro «pode estar muito perto do fim», com a anunciada redução de 50 postos de professores.
A empresa portuguesa de software e conteúdos digitais Priberam, conhecida pelo seu trabalho no processamento computacional da língua, entrou recentemente no mercado espanhol, assinando uma parceira com a empresa espanhola Imaxin.
Mais do que uma necessidade, é um direito — a tradução de normas internacionais relevantes para que a legislação esteja ao alcance do cidadão comum. A questão levanta-se com particular acuidade em Macau, que, com um sistema jurídico bilingue, em português e em chinês, tem vindo, recentemente, a não garantir a publicação de acordos e convenções internacionais em ambos os idiomas oficiais reconhecidos pelo território.
O Museu da Língua Portuguesa é o museu mais visitado no Brasil. O serviço nasceu de uma ideia do antropólogo Roberto Pinho, e Porto Seguro foi a localização prevista inicialmente. O artigo A verdade sobre o Museu da Língua Portuguesa, publicado no Terra Magazine, traça um pouco da história deste museu de sucesso.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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