Informação relacionada sobre todas as Aberturas
«Da minha língua vê-se o mar»
1. Fica em linha um excerto do texto A Voz do Mar, lido por Vergílio Ferreira em 1991, na cerimónia em que lhe foi atribuído o Prémio Europália (Bruxelas). Trata-se de um discurso manifestamente de afirmação da língua portuguesa como reflexo da cultura de um povo cuja identidade é indissociável do mar. Destaca-se daí uma frase lapidar – «Da minha língua vê-se o mar» – que, pela sua carga simbólica, figura na página inicial do sítio da Embaixada de Portugal em Luanda, sobressaindo como marca de assertividade poética com que é...
Dias há em que mais valia não ligar a televisão
1. « (...) Dias há em que mais valia não ligar a televisão», escreve o jornalista Wilton Fonseca em mais um apontamento à volta de erros e desleixos na escrita jornalística em Portugal.2. Interrompido com as férias natalícias e do fim de ano, o consultório do Ciberdúvidas volta às suas atualizações diárias no dia 2 de janeiro. Até lá, ficam os nossos votos de boas festas a todos os amigos da língua portuguesa....
E será Natal para sempre
Esta é a última atualização do consultório do Ciberdúvidas antes do Natal (regressamos em 2 de janeiro). Podíamos aproveitar o ensejo para advertir o consulente de que não deve dizer "pais-natal", mas, sim, pais-natais; de que seráfico se escreve com s, pois não vem de cera; de que presépio não é nome coletivo (independentemente da inconsequência da classificação) e outras normas quejandas.
Mas não. Deixamos-lhe antes uma página de Cadeira de Balanço, de Carlos Drummond de Andrade. Um texto longo, sem imagem — para...
Sabores na língua
Cozinhar em Português é um livro que ensina a língua ao mesmo tempo que põe o aluno a cozinhar. É um material original no universo da oferta de recursos de ensino do português língua estrangeira. A autora, Liliana Gonçalves, é mestre em Português Língua Segunda/Língua Estrangeira e leciona desde 2005 na Universidade de Comunicação da China, em Pequim. A chancela é da Lidel....
Professores portugueses lá fora
A Educare.pt, da Porto Editora, publica uma interessante reportagem sobre três casos de professores, de português e de outras disciplinas, a lecionar no estrangeiro. Sob o relato de experiências, há o pano de fundo das condições de lecionação no estrangeiro: concursos, avaliação e a conservação da autoridade do professor....
Português em Goa: nem tudo está perdido (mas para lá caminha)
Em Goa, onde desde 1962 o inglês é língua oficial, o português continua a ser ensinado a mais de 1300 alunos, em escolas públicas e privadas, e a Universidade de Goa tem um mestrado em Estudos Portugueses desde 1988. O ponto da situação é feito por Delfim Correia da Silva, responsável pelo Centro de Língua Portuguesa em Goa. Todos os anos, cerca de 400 goeses obtêm passaporte português, com o objetivo de emigrar e trabalhar em Portugal.
Mas, dizem os mais velhos que ainda falam a língua de Camões: «A cultura portuguesa em Goa tem os dias...
Ser bilingue
Os filhos de imigrantes de países de línguas oficiais diferentes têm condições ótimas para o bilinguismo, condições que nunca deveriam ser desperdiçadas. Já aqui referimos os benefícios do bilinguismo, mas há a destacar um, em estilo de paráfrase deste artigo do The Washington Post: o indivíduo bilingue é o que mais facilmente conquista uma invejável posição nos mercados de trabalho futuros.E a questão é tanto mais pertinente quanto mais se sabe sobre a incerteza do ensino do português no estrangeiro a filhos de emigrantes...
Português: o fim de uma língua de herança?
Temos já aqui reportado as várias notícias que nos últimos dois meses vieram a público sobre a redução drástica do número de professores a lecionar na Europa no ensino não superior. Continuaremos a fazê-lo:Emigrantes ameaçam cortar remessasAlemanha: Comunidade lança «Movimento para defesa do ensino do português»Comunidades: Ensino do português no estrangeiro precisa de «soluções conjuntas» – presidente do Instituto CamõesComunidades: Coletivo para a Defesa o Ensino do Português provoca incidente na Gulbenkian em Paris...
A novilíngua da imprensa
Merece pleno destaque, nesta atualização, a crónica do jornalista brasileiro Romildo Guerrante sobre os efémeros chavões, bengalas, tiques de linguagem, modismos e solecismos nas páginas dos jornais. Não é uma simples avaliação de sensibilidade e bom gosto, mas um aviso de que assim se faz definhar o poder expressivo do discurso: «Tudo agora é “por conta de”, que significa apenas a responsabilidade pelas despesas num bar. Mas ficou assim: o trânsito tá ruim? É por conta de um acidente. O hospital fechou? Foi por conta da...
