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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Merece pleno destaque, nesta atualização, a crónica do jornalista brasileiro Romildo Guerrante sobre os efémeros chavões, bengalas, tiques de linguagem, modismos e solecismos nas páginas dos jornais. Não é uma simples avaliação de sensibilidade e bom gosto, mas um aviso de que assim se faz definhar o poder expressivo do discurso: «Tudo agora é “por conta de”, que significa apenas a responsabilidade pelas despesas num bar. Mas ficou assim: o trânsito tá ruim? É por conta de um acidente. O hospital fechou? Foi por conta da falta de verbas. Nada é devido a, nada é por causa de, nada decorre de nada, nada é função de algo.»

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Houve alguém que disse que, no futuro, o livro impresso estaria para a leitura como a vela está para a produção de luz: um adorno, uma curiosidade. Será essa a tendência, pelo menos a julgar pelas conclusões desta reportagem sobre o impacto do iPad numa turma de terceira classe em Nova Jérsia (EUA). Por arrasto, preveem-se modificações no modo de ler e no modo de falar da leitura, povoado de e-books, gadgets, downloads, plugins e afins.

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O encerramento de postos consulares e os cortes na rede de ensino estão a mobilizar os emigrantes portugueses na Europa em protestos contra as políticas do Governo de Lisboa, que acusam de virar costas a quem vive no estrangeiro.

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Já aqui reportámos, por diversas vezes, a questão da alternância, na determinação de género, de nomes designativos de cargos institucionais, como  soldada, presidenta, generala e quejandos. A matéria é relevante apenas a partir do momento em que a lexicografia lhe passa a dar atenção. E, por isso, também aqui, lhe voltamos a dar destaque.


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Há sinais fortes de que o Governo português vai deixar de apoiar o ensino do português na Europa. Os receios aglomeram-se:

No Reino Unido teme-se pelo fim do ensino

Professores e pais preocupados na Alemanha

Coletivo para a Defesa do Ensino do Português no Estrangeiro quer reunião com Paulo Portas

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Muita da literatura russa que lemos em português é traduzida de uma língua intermediária e não do russo diretamente. O facto de uma diminuta minoria de falantes do português ser também falante de russo amortece previsíveis desajustes da intenção comunicativa do texto original. Daí que seja de sublinhar a tradução direta para o português da obra de Tolstói pelo brasileiro Rubens Figueiredo.

Cabe acrescentar o trabalho, para editoras portuguesas, de Nina Guerra e Filipe Guerra, na tradução de obras de Tolstói e de Tchékhov e Dostoievski.

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O Instituto Camões  já notificou os 49 professores, 20 em França, 20 na Suíça e nove em Espanha, de que decidiu «dar por findas (...) a partir de 31 de dezembro» as respetivas comissões de serviço».

Por seu lado, a Federação Nacional da Educação  e o Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas elaboraram  um abaixo-assinado que pretende «alertar para as fortíssimas reduções anunciadas na actual rede horária de Ensino Português no Estrangeiro, que deixam prever uma insuficiente oferta que atinge valores excessivos».

Há também fortes sinais de que o Estado português vai deixar de apoiar o ensino do português na Europa. Perante estes sintomas, há duas medidas, que não se excluem mutuamente: o protesto e a remediação. A remediação é o que está a ser projetado no Reino Unido, retratado nesta reportagem da agência Lusa.

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A anunciada ação de redução da rede de ensino do português na Europa e a reação do professor Carlos Reis, que liderou, em 2008, o estudo sobre a internacionalização do português, merecem destaque neste espaço. «Os sucessivos governos têm feito da política de língua uma retórica vazia de sentido, resultante inevitável da falta de cultura, da falta de responsabilidade e do mais puro oportunismo político: enche-se a boca com os "mais de 200 milhões de falantes" e não se passa daí.» Fala quem sabe.

Entretanto, as ações simbólicas continuam: os embaixadores de Angola, Portugal e Brasil em Otava criaram um grupo de trabalho que deverá preparar a celebração do Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) no Canadá, que se comemora todos os anos a 5 de maio.

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A utilização de abreviaturas e símbolos nas mensagens de texto enviadas por telemóvel ou Internet pode alterar os padrões cognitivos de processar informação. É esta a hipótese de base colocada pelo neuropsicólogo neozelandês Michael Corballis. A Origem da Linguagem é o encontro promovido pelo Instituto de Ciências da Saúde que acolherá esta e outras participações.

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«Não conheço nenhuma música onde o português seja tão bem cantado e tão bem dito» — comentou a fadista Mariza, aquando do reconhecimento do fado como Património Imaterial da Humanidade, por parte da UNESCO. A consagração também da língua portuguesa nesta «canção muito especial»– secular, «que começou nos bordéis e na prostituição, é do povo, chega à aristocracia e à burguesia, adapta-se aos tempos modernos, e entra no circuito do mundo» –, como a descreveu Carlos do Carmo, outro dos seus grandes intérpretes, na entrevista de ambos no Telejornal da RTP 1. Oportunidade para uma evocação de Amália Rodrigues, expoente maior da chamada «canção nacional» portuguesa, cantando Luís de Camões.