1. O consultório regressa ao tema das palavras que o português toma de empréstimo a línguas estrangeiras, nem sempre com o devido cuidado. Assim, uma consulente manifesta surpresa por detetar um «desculpem as moléstias» («desculpem o incómodo/o transtorno»), quase por certo decalcado de uma expressão espanhola. E, dos Açores, perguntam-nos como usar militaria (pronuncia-se "militária"), termo provavelmente com origem no inglês e referente a objetos militares com interesse histórico. Muito menos hipotético é o uso do ponto abreviativo, como, a propósito do apontamento que recebemos do magistrado Anselmo Lopes, se assinala noutra resposta que define os critérios a ter em abreviaturas como n.º e art.º. A rubrica O nosso idioma foca a própria expressão da dúvida e da probabilidade na nossa língua, disponibilizando uma crónica do escritor português Miguel Esteves Cardoso sobre a locução «se calhar», tão típica do falar lusitano, que, com a devida vénia, transcrevemos do jornal Público.
2. A respeito do processamento computacional de língua portuguesa, a Universidade de Lisboa anuncia a realização, de 13 a 15 de julho de 2016, em Tomar, do PROPOR, um encontro bienal de especialistas dessa área (informação sobre a iniciativa aqui). Atenção, que o prazo para o envio de comunicações e tutoriais termina em 15 de dezembro p. f.