A norma de 1945 é o Acordo Ortográfico de 1945, assinado pela Academia das Ciencias de Lisboa e da Academia de Letras do Brasil. Costumo designar este acordo por norma ortográfica em vigor para Portugal, visto que deixou de ser um acordo ortográfico. O Brasil seguiu depois a quase totalidade das recomendações do acordo assinado, mas recusou algumas delas, nomeadamente: manter consoantes mudas que já tinha eliminado – ex.: acto, óptimo, etc.), não aceitar o bizantinismo de o acento agudo servir só para marcar a tónica sem dar o timbre nas proparoxítonas (ex.: António a soar Antônio no Brasil... –, manter o trema quando o u é pronunciado nos dígrafos qu e gu (contrariando o horror ao trema que parece apoquentar muita gente...), etc.
O Acordo de 1990 é o Acordo Ortográfico que foi proposto por ilustres linguistas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe. Este acordo foi assinado em Lisboa em Dezembro de 1990, formalmente por ministros ou secretários de Estado dos vários países (acordo conseguido com grande empenhamento pessoal do então secretário de Estado da Cultura de Portugal, Pedro Santana Lopes, justiça lhe seja feita). Este acordo recomenda simplificações e uniformizações muito úteis na comum língua portuguesa, mantendo praticamente sem alteração as recomendações que poderiam suscitar maior controvérsia, nomeadamente sobre os acentos.