Na língua portuguesa, temos o travessão («sinal constituído por traço horizontal maior que o hífen, da largura do quadratim, usado, entre outras coisas, para indicar a mudança de interlocutores num diálogo, separar título e subtítulo numa mesma linha, substituir parênteses para efeito de ênfase», cf. Dicionário Houaiss) e o hífen («sinal para separar, na escrita, elementos de vocábulos compostos, de sílabas na translineação e na ligação de enclíticas, mesoclíticas e proclíticas», cf. Dicionário da Porto Editora), também chamado de traço de união (ou «traço-de-união», na grafia substantivada do Houaiss).
Com funções marcadamente distintas, o que distingue visualmente um do outro é o tamanho, sendo o travessão (–) maior que o hífen (-). Inexplicavelmente para mim, não há nos teclados uma tecla directa para o travessão, ao contrário do que sucede para o hífen. Os utilizadores do Windowas mais experientes conseguem obter um travessão perfeito mantendo premida a tecla Alt ao mesmo tempo que digitam, no teclado numérico (aquela “calculadora” no lado superior direito) a sequência 0150. Os utilizadores que não conhecem este recurso costumam “fintar” tal dificuldade utilizando dois hífenes seguidos (--) a fazer de travessão, nomeadamente nas redacções da imprensa, onde os programas informáticos, aquando da paginação de tais textos, costumam assumir essa indicação dupla do hífen como um travessão. Confesso que foi a primeira vez que ouvi falar em quatro hífenes seguidos.
Para os utilizadores dos computadores Macintosh, basta carregar ao mesmo tempo na tecla de opção (ALT) e no hífen.
Espero ter ajudado.
Cf. Travessão + O uso do hífen e do travessão + O travessão (—) é diferente do hífen (-)