Na língua alemã, os substantivos e os adjectivos variam de acordo com a função sintáctica. Na língua portuguesa, só alguns substantivos apresentam estas variações. Por exemplo, Fernandes significa filho de Fernando e conserva a marca de genitivo. Vamos apresentar a correspondência entre as funções sintácticas e os casos. Eis um exemplo: «O carteiro entregou uma encomenda da Isabel ao Pedro.» O carteiro, sujeito da oração ou nominativo; uma encomenda, complemento objecto directo ou acusativo; da Isabel – complemento determinativo, indicando o possuidor ou genitivo. ao Pedro – complemento objecto indirecto, aquele a quem é dado o objecto ou dativo. Na língua portuguesa, também há palavras que têm marcas de casos, nomeadamente os pronomes pessoais e os pronomes relativos. Pronomes pessoais sujeitos (nominativo): eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Pronomes pessoais que funcionam como complementos objectos directos (acusativo): me, te, se, o, a, nos, vos, os, as. Pronomes pessoais que funcionam como complementos objectos indirectos e que correspondem ao dativo: me, te, lhe, nos, vos, lhes ou a mim, a ti, a si, a ele, a ela, a nós, a vós, a eles, a elas. Os possuidores (genitivo) são indicados por alguns pronomes regidos pela preposição de: dele, dela, deles, delas. Exemplos de frases com pronomes pessoais com diferentes funções sintácticas: a) «Tu viste-o.» Tu – sujeito (nominativo) o – complemento objecto directo (acusativo). b) «Elas venderam-lhe a casa dos pais.» Elas – sujeito (nominativo) a casa – complemento objecto directo (acusativo) lhe (a ele ou a ela) – complemento objecto indirecto (dativo) dos pais – complemento determinativo, que indica os anteriores proprietários (genitivo). Os pronomes relativos cujo, cuja, cujos, cujas, que se referem à origem ou aos possuidores, correspondem ao caso genitivo. Exemplo: «Os terrenos, cujos proprietários já não os trabalham, foram vendidos por baixo preço.» O pronome relativo cujos introduz os possuidores e corresponde, portanto, ao genitivo. O pronome pessoal os tem a função de complemento objecto directo e corresponde ao acusativo. Agora, outro capítulo da gramática. O conjuntivo é um modo verbal em que apresentamos situações hipotéticas e revelamos dúvida ou desejo. Exemplos: É provável que ela venha hoje. Talvez ela tivesse encontrado quem procurava. Desejo que chegues bem.