Correio - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Frederico Manuel P. Basílio Estudante Portugal 2K

Existe algum dicionário, com topónimos, antropónimos e gentílicos estrangeiros, traduzido em Português?

Lorenzo Salvioni Itália 2K

Para responder ao senhor Ferreira [ver mensagem Despautérios, mais abaixo], queria esclarecer que eu não sou um suposto italiano; sou italiano de verdade (...) Quanto ao fato/facto de a minha crítica ao filme "Brincando" representar uma arremetida fascista faço questão de sublinhar que o realizador Hector Babenco não é brasileiro, e sim argentino. Então se ele quiser ofender a língua do Brasil, pronto, que o faça, mas que o faça fora do Brasil. Se eu, estrangeiro, quisesse rodar na Alemanha um filme em cujo guião/roteiro o Alemão é qualificado de "língua de trapos" ou de "idioma de merda", acha o sr. Ferreira que as autoridades alemãs autorizariam a rodagem? Isto, apesar de a Alemanha estar longe de ser um país "fascista". Quem tiver dúvidas a este respeito, só precisa dar uma olhada a certos cartazes bem explícitos (isto é, à beira da pornografia) livremente expostos em lugares públicos nesse país, ou, então, conferir a legislação alemã em matéria de prostituição, a mais liberal de toda a Europa juntamente com a holandesa – bem ao contrário da Suécia do sr. Ferreira, onde quem for apanhado com uma "mulher da vida" pode ser detido. Uma medida que nem mesmo os verdadeiros fascistas, os do tempo de Mussolini, alguma vez chegaram a adotar/adoptar. E mais uma coisa: não saberá por acaso o sr. Ferreira que o deputado Rebelo (e nao RAbelo, como ele escreveu) não é membro da extrema-direita, e sim representante do Partido Comunista? Que é isso de chamar-lhe fascista?!!

Lídia Almeida Secretária executiva Portugal 1K

No passado sábado, dia 1 de Março, ao passar pelo quiosque da Agência ABEP na Praça dos Restauradores, de Lisboa, fiquei escandalizada ao verificar que o referido quiosque possui um toldo verde escuro, com a seguinte inscrição em letras brancas: «ESPETACULOS PUBLICOS». É atroz verificarmos que até num local, que se pode considerar ligado à cultura, se vêem horrores desta natureza. Haverá alguma entidade que possa ser contactada a fim de ser corrigida esta monstruosidade? Uns dias depois, vinha eu a conduzir em direcção ao meu local de trabalho, passei por uma carrinha com inscrições publicitárias aos leitões da Bairrada, a qual continha a seguinte frase: «Qualidade Á Mais de 25 Anos»!! Não deveríamos nós seguir o exemplo dado pelo Prefeito do Rio de Janeiro que começou a aplicar uma coima em situações onde se verifiquem erros de Português, em locais públicos?? Agradeço os V.comentários e indicações/ideias de como poderemos pôr cobro a esta verdadeira catástrofe.

João Araújo Oliveira Professor Portugal 1K

Um tal sr. Carlos Ferreira, da Suécia [ver Despautérios, em baixo], acha que é despautério punir quem escreve com os pés no espaço público. Chega mesmo ao (aí, sim) despautério de qualificar de fascistas quantos se insurgem contra os atropelos mais primários (primários até no analfabetismo insolente) da nossa língua, precisamente onde ela devia ser minimamente promovida. Pergunto ao sr. Ferreira se é também assim como ele advoga lá no país onde vive – conhecido, por sinal, pelas leis nada meigas contra, por exemplo, quem também acha que é da sua estrita liberdade conduzir alcoolizado, ou cuspir na via pública, ou estar-se nas tintas para os planos de ubanização e construir na sua real gana, etc. Ou muito me engano ou se o sr. Ferreira quisesse pôr um anúncio em sueco, escrito com os pés numa rua de Estocolmo, como eu leio o que anda por aí alarvemente exibido em Portugal, e, especialmente, no Algarve, de certeza que não repetia o atrevimento…petulante.

Carlos Ferreira Suécia 1K

Não bastava o despautério de Rabelo no Brasil e de Desidério em Albufeira, vem agora um suposto italiano Salvioni com mais uma arremetida fascista à socapa [Cf.a série de mensagens e notícias sobre estes temas arquivados no mês de Fevereiro, aqui no Correio, e no ícone Notícias Lusófonas]. Chamamos de fascista, neste contexto, a petulância de querer proibir-nos de falarmos certas coisas, aliada à imposição de abrirmos a boca para dizer aquilo que agrada aos caudilhos, em função de nebulosos conceitos de nação, língua e quejandos, todos, claro, escritos com inicial maiúscula.

Frederico Manuel P. Basílio Estudante Portugal 33K

Qual é o melhor dicionário da língua portuguesa? Muito obrigado.

Frederico Manuel P. Basílio Estudante Portugal 1K

Podem dar-me informações sobre o Dicionário Inverso do Português, que penso existir, mas que não consigo encontrar?

Ida Rebelo Consultora do Ciberdúvidas Brasil 1K

A propósito do texto O linguajar uberabense, em linha na rubrica Diversidades, muito divertido por sinal, resta apenas uma pequena observação. Como muitos poderão comprovar, sejam oriundos de Minas Gerais ou não, o falar a que se refere o autor através dos exemplos dados é típico de grande parte do estado de Minas Gerais e vem se espalhando de forma notável tanto para São Paulo como para o Rio de Janeiro. As razões serão muitas, mas uma delas será, com certeza, o caráter pacato e amistoso da gente nascida nesse berço de ferro com coração de ouro. Os mineiros são conhecidos como come quieto, o que seria traduzido por alguém que não precisa alardear os seus feitos aos quatro ventos e que encontra, em geral, bons resultados. Outro dado interessante é o trânsito saudável de profissionais e turistas entre o estado do Rio e o de Minas. Já que o Rio é o litoral, a cidade de Juiz de Fora - a 140 km do Rio - é, muitas vezes, designada pelos seus próprios habitantes como o brejo, local próximo ao rio, nesse caso a palavra "rio" tem duplo sentido. Há um sem-número de professores e estudantes universitários que estudam e trabalham no estado dos outros e uma agradável convivência que nos faz buscar as águas minerais ou as lindíssimas cidades históricas e suas grutas pela mesma estrada que traz esses detentores dos melhores doces e grande culinária para o sol do Atlântico e a feijoada. Sem esquecer, é claro, que o poeta Itabirano que tanto deu ao Brasil, escrevendo sob o céu carioca, nunca esqueceu em seus versos a terra mineira noventa por cento de ferro nas calçadas e sua gente oitenta por cento de ferro nas almas. E talvez a vontade de amar, que (nos) paralisa o trabalho, venha de Itabira, de suas noites brancas. [Os trechos a negro encontram-se no poema Confidência do Itabirano, de Carlos Drumond de Andrade]

Júlio César Lopes Estudante universitário Brasil 2K

Sou estudante de Letras e estou apaixonado por lingüística. Como vocês são mestres no assunto (pude ver neste sítio), gostaria de ter informação de como conseguir uma bolsa de pós-graduação em portugal e, também, receber referências bibliográficas sobre o assunto.

Júlio Lima Espanha 1K

Confesso que o sr. Manuel Leal tem razäo nas suas afirmaçöes [ver Angola "in English" no Conselho de Segurança II]. A minha afirmação sobre a utilização do Alemão tem a sua origem na pura presunção(razão pela qual peço as minhas desculpas), causada pelo desagradável costume da televisäo espanhola (TVE) deixar as suas transmissões a meio (não foi possivel ouvir as declarações da Alemanha, Bulgária e grande parte das da própia Angola, entre outras), prática que eu considero uma falta de respeito pelo telespectador em geral. A verdade é que não me lembrei da não-condição do Português como língua oficial das Naçöes Unidas (condiçäo injusta na minha opinião tendo em conta a sua expansão e importância no mundo). Agradeço o esclarecimento do sr. Manuel Lima. Mas o que também não deixa de ser verdade é a maior importância dada ao Inglês no sítio oficial da República de Angola (www.angola.org), em detrimento do Português, pondo a lingua oficial do país ao mesmo nível do Francês.