Sobre conjugação pronominal e uso enfático do pronome complemento
Solicito a vossa preciosa ajuda para a apreciação da conjugação do verbo entre parênteses, no texto seguinte:
«Uma nota para este novo desafio e outros que teimarem em aparecer. Se não teimarem, nós [obrigamo-los].»
Inicialmente, conjuguei assim: «Se não teimarem nós [obrigamos-os].»
Conjugando este verbo no presente do indicativo, na 1.ª pessoa do plural com reflexo nas três pessoas do singular e nas três pessoas do plural, temos:
«nós obrigamos-te, a ti»;«nós obrigamos-a, a ela» (ou «nós obrigamo-la, a ela»?)«nós obrigamos-nos, a nós» (ou «nós obrigamo-nos, a nós»?); «nós obrigamos-vos, a vós» (ou «nós obrigamo-vos, a vós»?);«nós obrigamos-as, a elas» (ou «nós obrigamo-las, a elas»?)
Embora não me pareça muito regular, em relação à 1.ª pessoa do singular, eu diria:
«nós obrigamos-me, a mim.»
Desde já obrigado pela vossa preciosa ajuda.
O substantivo do verbo incorrer
É correcto o uso de "incorrência" como substantivo de incorrer?
Ex.: «... risco de incorrência na criminalidade...»
A pronúncia de piloto (verbo pilotar)
Como se pronuncia a palavra piloto, do verbo pilotar? Eu "pilôto", ou eu "pilóto"?
«Mandar/enviar um e-mail»
É usual usar-se o verbo enviar quando nos referimos a uma carta ou um e-mail. Mas vi no vosso artigo Netspeak: «pergunte às pessoas quando foi a primeira vez em que elas mandaram um e-mail». Pergunto se se pode «mandar uma carta» ou «mandar um e-mail».
Obrigado.
Ervanário e herbanário
Eu pretendia esclarecer uma coisa: escreve-se "hervanária", ou "ervanária"?
Agradecia que me tirassem essa dúvida.
Obrigado.
A diferença entre parricídio e patricídio
Ao traduzir um texto do inglês, deparei-me com definições diferentes para parricídio e patricídio. Segundo o autor, o primeiro designa o assassínio de um familiar ou ascendente próximo, não especificado; o segundo, o assassínio do pai em concreto (e matricídio, quando se trata da mãe). No entanto, em Portugal, o termo parricídio parece ser o usado para referir o assassínio do pai (na generalidade dos dicionários, a palavra patricídio nem sequer aparece). Quer isso dizer que, em português, a distinção entre os dois termos não faz sentido?
O gerúndio e a colocação do pronome do complemento directo
Eu li várias respostas sobre o gerúndio e sobre a colocação do pronome do complemento directo. Mas não consegui deduzir o seguinte:
Quando um verbo, que não é auxiliar, mas é acompanhado com um pronome de complemento directo e depois um gerúndio de outro verbo, qual é o sujeito do segundo verbo?
Seja o mesmo sujeito do primeiro verbo, ou o qual do complemento?
Por exemplo, examinando as próximas frases 1, 2 e 3, qual é a significação de cada uma delas, dentre A, B, C:
1) O professor me viu andando na rua.2) O professor viu-me andando na rua.3) O professor viu eu andando na rua.A) O professor me viu quando ele estava andando na rua.B) O professor me viu quando eu estava andando na rua.C) Gramática errada – não tem significação.
E mais, se for "eu" o sujeito, e "ele" o complemento, teria qualquer diferença?
1) Eu o vi andando na rua.2) Eu vi-o andando na rua.3) Eu vi ele andando na rua.A) Eu o vi quando eu estava andando na rua.B) Eu o vi quando ele estava andando na rua.C) Gramática errada – não tem significação.
E se for outro verbo em vez de "vir", por exemplo "deixar"?
1) O professor me deixou andando na rua.2) O professor deixou-me andando na rua.3) O professor deixou eu andando na rua.A) O professor me deixou quando ele estava andando na rua.B) O professor me deixou quando eu estava andando na rua.C) Gramática errada – não tem significação.
Muito obrigado.
O género de alfaiate
«O alfaiate» e «a alfaiate»?
O comparativo de inferioridade do adjectivo bom
Gostaria de saber qual é o comparativo de inferioridade do adjectivo bom. Será «menos bom do que»? Esta forma não é muito utilizada (já que se emprega mais frequentemente «pior do que», comparativo de superioridade de mau); por isso tenho dúvidas se será ou não correcta.
«Curso laboral»
Os cursos nocturnos são designados por «Cursos pós-laboral». Será que é correcto dizer-se: «Curso laboral», para referenciar aos cursos leccionados no período da manhã ou da tarde nas escolas secundárias e superiores?
À primeira me parece um pouco estranho, contudo fico aguardando vossas sugestões sobre o assunto.
Cumprimentos de Maputo.
