Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Catherine Keates Tradutora Londres, Inglaterra 15K

O que significa «descair o semblante»?

Renato Ferreira Estudante de História São Paulo, Brasil 6K

Gostaria de saber que grafia(s) existe(m) para o nome de dois escultores gregos de Creta. Eu estive a pesquisar, e a única coisa que achei foi uma fonte brasileira de 2006 que emprega "Dípinos" e "Escílis" (Santos, Rita de Cassia Coda dos. Exortação aos gregos: a helenização do cristianismo em Clemente de Alexandria. [S.l.]: UFMG, 2006), fora outras duas, creio eu portuguesas, que citam "Dipoeno" e "Scyllis", porém ambas são do século XIX, onde as grafias eram relativamente bem diferentes das atuais. Como a forma grega não aparece em nenhuma fonte em português, mesmo estando registrada em várias fontes famosas do inglês (como a Enciclopédia Britânica), fiquei na dúvida.

Maria Gonçalves Professora Lisboa, Portugal 13K

A regra manda que o presente passe a imperfeito, e o perfeito, a imperfeito.

Assim:

1. «Eu como uma maçã.» – «Ela disse que comia uma maçã.»

2. «Eu comi uma maçã» – «Ela disse que tinha comido uma maçã.»

Mas posso também dizer:

3. «Ela disse que come uma maçã»/«Ela disse que comeu uma maçã»?

Estão incorretas estas frases, ou já não são discurso direto?

Parabéns pelo vosso trabalho.

João Ribeiro Profissional liberal Lisboa, Portugal 9K

Qual a forma correcta?

«Todos os anos a história se repete», ou «todos os anos a história repete-se»?

Obrigado.

Alda Rocha Jornalista Carcavelos, Portugal 9K

«S. Petersburgo»: defendem esta grafia do nome da cidade?

Thaís Orosco Professora Florianópolis, Brasil 39K

Quem respeita alguém... respeita «ao máximo», ou «o máximo»?

Carlos Martínez Sánchez Tradutor e intérprete Múrcia, Espanha 6K

Gostava de saber donde vem a pronúncia plosiva do som [t] no fim de palavra que articulam muitos apresentadores da televisão e da rádio, não sei se vem duma influência do inglês ou se é feita por afectação para soarem mais chiques.

Vítor Guimarães Magistrado do Ministério Público Santa Maria da Feira, Portugal 5K

Vi escrita pela pena de insignes escritores a seguinte frase: «... estar amarrados a um modo de vida que se tornou um silício e uma frustração» [citados por Miguel Sousa Tavares, in semanário Expresso de 15-02-2104, página 9, 2.ª coluna, in fine].

Onde se escreve silício, não deverá ser cilício?

Veridiana Dattein Analista de sistemas Porto Alegre, Brasil 5K

Tenho uma dúvida sobre a  próclise. Estou lendo um romance de Camilo Castelo Branco e me deparei com a seguinte frase: «Bem sabia ele que Luís de Camões morrera sem lençol em que amortalhar-se (...).»

De acordo com meu atual conhecimento, o pronome relativo faz o uso da próclise ser obrigatório. Por que razão, então, o romancista não a utilizou no caso acima citado?

Desde já, agradeço a atenção.

Rui Carvalho Estudante universitário Lisboa, Portugal 10K

Em ementas de muitos restaurantes aparece erradamente a palavra "á" em detrimento da palavra à, como por exemplo no tão famoso prato amêijoas "á" Bulhão Pato. Se "á" não consta do vocabulário, porque é tão vulgarmente substituído por à?

Numa pesquisa deparei-me com uma antiga propaganda ao queijo de Azeitão, do ano de 1885, que passo a citar:

«Queijo de Azeitão. Acaba de chegar á mercearia de José Alves de Carvalho, rua dos Ourives números 46 e 48 a primeira remessa do magnífico queijo de entorna fabricado em Azeitão.»

Já em 1885 se escrevia agramaticalmente, ou antigamente a palavra "á" existiu na língua portuguesa e por essa mesma razão actualmente ainda existe quem pense que está a escrever de forma correcta?

Obrigado.