Não se sabe como surgiu historicamente a expressão em causa. No entanto, existem várias expressões populares em que ela e elas ocorrem no discurso sem uma referência precisa, mas são interpretáveis como «coisa» e «arrelias, dificuldades»: «ela por ela» = «não haver grande grande diferença de qualidade ou quantidade entre duas coisas»; «elas por elas» = «de igual modo, da mesma forma»; «agora/aí/aqui é que são elas!» (a expressão em causa na pergunta) = «exclamação com que o orador reconhece estar perante uma séria dificuldade»; «andar com ela fisgada!» = «estar a preparar qualquer coisa secretamente; estar premeditando qualquer medida, golpe, vingança, etc.»; «dar por ela» = «notar descobrir alguma coisa secreta»; «saber como elas me, te, etc. doem/mordem» = «estar consciente das consequências sérias que decorrem de determinado ato, atitude, etc.» (António Nogueira Santos, Novos Dicionários de Expressões Idiomáticas – Português, Lisboa, edições João Sá da Costa, 2006).