Os adjectivos da frase em causa estão no grau superlativo absoluto analítico, mas, ao contrário do que é habitual, essa intensificação está marcada pelo advérbio tão em lugar do advérbio muito, intensificador da construção de superlativo absoluto analítico.
O advérbio tão pode ser associado a adjectivos para formar o comparativo de igualdade (cf. «tão verde como»), para formar o superlativo absoluto analítico, normalmente inserido em expressões enfáticas (cf. «esta água é tão verde!» = «esta água é muito verde») e como correlativo na subordinante consecutiva (cf. «a água era tão cristalina, que nadei novamente»).
O advérbio tão, presente na frase que indica, modifica e intensifica os adjectivos de cor verde e castanho, indicando aumento de qualidade ou grau superior. Note-se que, por vezes, na construção do grau dos adjectivos, podem ocorrer intensificadores como tão e bem a substituir o advérbio muito. Segundo Evanildo Bechara, Gramática Escolar da Língua Portuguesa, «o superlativo indica que a qualidade do ser ultrapassa a noção comum que temos dessa mesma qualidade (...) e é absoluto ou intensivo». Ainda, de acordo com Celso Cunha e Luís F. Lindley Cunha, Nova Gramática do Português Contemporâneo, «o superlativo absoluto analítico constrói-se com a ajuda de outra palavra, geralmente, um advérbio indicador de excesso — muito, imensamente, extraordinariamente, excessivamente, grandemente, entre outros». Já que corresponde às características que acabam de ser apontadas, o advérbio tão pode, portanto, ocorrer na construção do grau superlativo.