Os prefixos e os sufixos são unidades linguísticas portadoras de um significado. Ou seja, ainda que não sejam palavras autónomas, é possível atribuir-lhes um valor semântico. Vejamos alguns exemplos:
sufixos
«carrinho» -inho = pequenez
«beleza» -eza = qualidade de
«aterragem» -agem = acção de
prefixos
«infeliz» in- = negação
«desarrumar» des- = acção contrária
«subaquático» sub- = debaixo de
Há, no entanto, elementos que parecem prefixos e sufixos, mas, na verdade, não são.
Por exemplo, na palavra carinho, «inho» não é um sufixo, porque não exibe qualquer significado. O mesmo acontece com imagem, em que «agem» não é um elemento derivacional. Trata-se de palavras simples, que não se decompõem.
Quanto à palavra substantivo, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa refere que a mesma provém do latim substantīvus,a,um, «substancial», de substantìa,ae, «substância, ser que existe» <sub «sob» e stāre «estar».
Todavia, do ponto de vista sincrónico, esta palavra funciona como uma unidade indecomponível, pelo que podemos dizer que sub- perdeu o seu significado original: «sob, inferior, debaixo de».
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