Concordo com o consulente.
A prioridade implica, de facto, estar em primeiro lugar. Por conseguinte, parece-me redundante falar de «primeira prioridade» e absurdo dizer «segunda prioridade».
Isto não significa, porém, que não possam existir várias prioridades, pois, em vez de haver uma só pessoa, coisa ou ideia com prioridade sobre as outras, podemos ter um conjunto de pessoas (grávidas e idosos, por exemplo), de coisas ou ideias (saúde, educação e obras públicas, por hipótese). Mas, nesses casos, continua a não fazer sentido falar de primeira e segunda prioridade: se as grávidas passam à frente dos idosos, então são elas a prioridade. Se a saúde é mais importante para o Governo, então é essa a prioridade.
Quando se pretende salientar a mais importante das prioridades, recomendo que se usem, precisamente, as expressões avançadas pelo consulente: «primeira opção», «primeira escolha», etc.