No Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (1947), de Rebelo Gonçalves, lê-se que se deve empregar a minúscula «nos substantivos que significam acidentes geográficos, tais como arquipélago, baía, cabo, ilha, mar, monte, península, rio, serra, vale e tantos outros, quando seguidos de designações que os especificam toponimicamente» (pág. 337). Esta passagem é seguida por uma lista de expressões na qual se inclui «praia do Estoril», com minúscula no primeiro elemento.
Perante este preceito e o exemplo de como ele é aplicado à palavra praia seguida de topónimo, só resta concluir que a forma correcta da designação em apreço é «praia da Rocha».
Note-se, porém, que este preceito tem excepções, que são apresentadas e justificadas na obra em consulta (pág. 338/339):
«Há combinações vocabulares que não se integram no preceito anterior, porque, apesar de baseadas em palavras designativas de acidentes geográficos, formam no seu conjunto locuções toponímicas e, consequentemente, não dispensam a maiúscula inicial naqueles elementos: Grandes Lagos, Península Ibérica (...), etc. Além disso, como é sabido, há combinações similares que formam, não simplesmente locuções, mas verdadeiros compostos toponímicos, e que, com maior razão ainda, não podem dispensar a maiúscula nos elementos básicos: Costa do Ouro, Monte Redondo, Serra de El-Rei, etc.»