Por extenso, a expressão 25% escreve-se da seguinte forma: «vinte e cinco por cento», estando separada a estrutura «por cento».
Este tipo de expressão ocorre quando os linguistas tratam dos casos particulares relativos a estruturas de percentagem, o que sucede em Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Caminho, 1995), de João Peres e Telmo Móia — onde se encontram registados vários exemplos: «as expressões de percentagem — por exemplo, «vinte por cento» (p. 481); «a estrutura n por cento de, sendo sempre n um numeral» (p. 484); «Dez por cento das empresas faliram» (idem); «Um por cento das empresas faliu» (p. 485); «Cinquenta por cento do parque ardeu» (p. 486) —, assim como na Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 371), de Cunha e Cintra, no capítulo relativo aos numerais, mais propriamente na parte sobre o valor e o emprego dos cardinais: «na expressão cem por cento».
A dúvida do consulente deve-se, decerto, ao facto de existir o termo porcento [«s. m. importância recebida proporcional à venda; quantidade ou taxa que determina essa taxa; percentagem» (Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora, 2010)] —, mas trata-se de um nome/substantivo masculino, sinónimo de percentagem, e não de um de um quantificador numeral. A identificação a nível da pronúncia e a semelhança de grafia do nome porcento e do numeral «por cento» foram fatores que geraram, naturalmente, essas incertezas, sobretudo porque a palavra porcento não é do uso corrente, uma vez que se utiliza mais frequentemente o substantivo/nome percentagem.