Respondo por partes.
Estrangeirismos
Se forem indispensáveis, aceito-os, desde que adaptados à índole da língua (ex.: foi o caso de bidé, grogue, etc.). Se não adaptados e insubstituíveis, uso-os entre aspas ou plicas (ex.: «software», `chauvinismo´); pois as aspas ou as plicas significam uma ressalva em relação às regras da nossa língua (ex.: em `Freud´ as plicas significam que a pronúncia da palavra não deve ser ¦frêu¦).
E quando se usa a grafia original, o estrangeirismo deve formar o plural segundo as regras da língua de origem.
Desde que já exista no léxico português termo com valor semântico equivalente, o estrangeirismo deve ser evitado. Há falantes que gostam de ostentar erudição sobre línguas estrangeiras e se deleitam em semear o discurso com estrangeirismos. Penso que essa prática é um acto de `lesa-língua´.
Unidades
Cada vez mais os técnicos precisam de se entender bem de país para país, pois é frequente suceder que os projectos são concebidos num país e executados noutro, ou haver um grupo misto de nacionalidades num empreendimento. Assim como existem as normas internacionais ISO, para facilitar as trocas, também no caso das unidades existe o Sistema Internacional de Unidades. Neste sistema escreve-se, por extenso: newtons, volts, watts, etc. Para um técnico, concordo que vóltio é já um termo anacrónico. Claro que, como símbolos, as unidades não têm plural nem ponto (ex.: N , V , W , etc.)
Acrónimos (conjuntos de letras ou de sílabas que formam palavras já com vida própria)
Trato-os como os estrangeirismos, se necessário (ex.: caso de ` OVNI ´, sem acento, com plicas, que pronuncio ¦óvni¦ e não ¦ovní¦.
Siglas
Há muito que se convencionou que as siglas não têm plural (ex.: as CRGE: Companhias Reunidas Gás e Electricidade). Convém respeitar as regras, para que todos se entendam na comunicação.
Ao seu dispor,