O problema que apresenta é muito interessante e ilustra bem de que forma o conhecimento que temos do mundo pode interferir com as mensagens que produzimos ou que descodificamos. Se, em vez de "se meter" com o nariz dos senhores, tivesse construído a frase a pensar nos carros deles, já não sentiria quaisquer dúvidas. Vejamos:
(1) O carro daqueles senhores é grande.
(2) Os carros daqueles senhores são grandes.
Qual é a grande diferença entre estas frases e as que apresenta? É o facto de nós sabermos, intrinsecamente, que “cada um é dono do seu nariz” e que, por isso, quando dizemos «O nariz daqueles senhores é grande», não nos passa pela cabeça pensar que todos têm em comum um só nariz, como é legítimo que pensemos perante uma frase como (1).
É este conhecimento que temos do mundo que nos faz sentir como estranha a frase «Os narizes daqueles senhores são grandes», pois não sentimos necessidade do plural em narizes para interpretarmos adequadamente o texto.