Os corónimos em apreço não parecem ter tradição nem apresentar forma estável em português. O mesmo se pode dizer dos respetivos gentílicos. Mesmo assim, apresento breves comentários sobre cada um deles:
1. Latgália
Esta forma apresenta uma sequência que é muito pouco frequente em português (ocorre só em derivados de nomes estrangeiros). Deste modo, seria de esperar que o t fosse seguido de uma vogal de apoio, e, o que significa que a grafia deveria ser "Lategália". Trata-se, no entanto, de uma forma não atestada, que aqui se apresenta a título de sugestão.
2. Selónia e Semigália
São formas aceitáveis à luz dos critérios ortográficos do português.
3. Vidzeme
A sequência "dz" é pouco frequente na ortografia portuguesa. Mesmo assim, registam-se formas como adzáneni, «[indivíduo do] grupo indígena que teria habitado na cabeceira dos rios Caiarí e Apuí, fronteira do Brasil com a Colômbia», dzeta, com a variante zeta, «nome da sexta letra do alfabeto grego» (ζ e Ζ), ou dzimba, «o mesmo que tamanduá», pelo menos, no Dicionário Houaiss, as quais permitem legitimar a forma Vidzeme.
Como é de esperar, se estes nomes não têm forma conhecida ou estável em português, o mesmo se pode dizer dos respetivos gentílicos. Várias opções se oferecem: ou se obtém o gentílico por sufixação — "lategaliano", "seloniano", "semigaliano", "vidzemiano", seguido o modelo de ucraniano (de Ucrânia) —, ou se convertem os corónimos em gentílicos: "latgálio", "selónio", "semigálio", "vidzeme" (cf. livónio, estónio de Livónia, Estónia, respetivamente).