Os adjectivos antroponímicos são formados com base em nomes de figuras ilustres ou controversas.
Eis alguns exemplos:
Dinastia afonsina – Conjunto de reis de Portugal desde D. Afonso Henriques ou D. Afonso I a D. Fernando I.
Dinastia joanina ou de Avis – Conjunto de reis de Portugal desde D. João I a D. Henrique I.
Culto antoniano – relacionado com Santo António de Lisboa.
Período da poesia dionisíaca – produzida pelo rei de Portugal D. Dinis I.
Muralha fernandina de Lisboa – construída por ordem do rei D. Fernando I.
Período henriquino – aquele em que o infante D. Henrique impulsionou e dirigiu os descobrimentos portugueses.
Estilo manuelino – gótico final correspondente às obras mandadas construir pelo rei D. Manuel I que dirigiu o descobrimento do caminho marítimo para a Índia e o descobrimento do Brasil.
Período josefino – correspondente ao reinado de D. José I.
Estilo pombalino – existente nas obras dirigidas pelo marquês de Pombal, ministro de Estado do tempo de D. José I.
Dinastia carolíngia ou carlovíngia – segunda dinastia dos reis de França e na qual se inclui Carlos Magno.
Carlista era o partidário de Carlos de Bourbón em Espanha (1788-1855).
Camoneano é o estilo de Luís de Camões.
Camiliano é o estilo de Camilo Castelo Branco.
Wagneriano é o estilo de Wagner.
Darwin, cientista controverso, deu origem a dois adjectivos: darwiniano, pensamento de Darwin, e darwinista, aquele que aceita as teorias deste investigador.
Curiosamente, embora tenha havido um elevado número de reis franceses com o nome de Luís, não é usual ouvirmos ou lermos os adjectivos luisino, luisiano ou luisense.
No entanto, há regiões chamadas Luisianas que pressupõem o adjectivo luisiana.
A criação de adjectivos antroponímicos não tem sido extensiva a todos os nomes próprios e apelidos [sobrenomes], mas poderemos sempre formar novas palavras deste tipo quando julgarmos conveniente e oportuno.