Agradecemos as suas palavras.
Na frase «Santo Agostinho, que pregava aos homens, para encarecer a fealdade deste escândalo», vemos que o infinitivo encarecer ocorre numa oração com valor final, introduzida pela preposição para. Uma construção equivalente seria empregar uma conjunção ou locução conjuncional (p.ex., «para que») e obter uma oração conjuncional de conjuntivo («para que encarecesse...»). Por outras palavras, a preposição para pode principiar uma oração subordinada final de infinitivo (encarecer), enquanto «para que» é uma locução conjuncional que introduz uma oração subordinada final com o verbo num tempo finito, no modo conjuntivo (por exemplo, encareça, encarecesse, tivesse encarecido).
Simultaneamente, esta oração funciona como complemento circunstancial de fim do verbo pregar, visto que Santo Agostinho tinha um objectivo.
Assim, a oração «para encarecer a fealdade deste escândalo» é estruturalmente uma oração de infinitivo e, funcionalmente, um complemento circunstancial.
Cf. A definição de «oração não finita» + Orações subordinadas reduzidas + Orações reduzidas