A oração subordinada integrante inicia-se por que ou se. Também se chama completiva porque completa o sentido da oração subordinante, sem a qual o seu sentido ficaria incompleto.
Exemplo: «Disse-te que viesses cedo».
Nesta frase complexa, a oração subordinante é «disse-te» e ficaria incompleta sem a subordinada «que viesses cedo». De facto, o verbo dizer pede complemento directo (quem diz, diz alguma coisa) e a oração integrante, «que viesses cedo», é o complemento directo da oração subordinante.
A oração subordinada final inicia-se por «para que» ou «a fim de que».
Exemplo: «Não basta a tua vontade para que tudo se arranje.»
Neste frase complexa, a oração subordinante é «Não basta a tua vontade». Esta oração só por si é sintacticamente completa, a subordinada «para que tudo se arranje» apenas acrescenta uma circunstância, que indica a finalidade da oração subordinante — é como se desempenhasse a função de complemento circunstancial de fim.
Pode acontecer — sobretudo nos autores clássicos — uma oração final iniciada por que, mas este é sempre substituível por «para que».
Exemplo:
«Tu que as gentes da terra toda enfreias que (para que,) não passem o termo limitado» (Os Lusíadas, de Luís de Camões).
Em resumo, sempre que a oração se inicie por para que ou a fim de que, ela é certamente final. Se a oração subordinada se iniciar por que e constituir um elemento essencial da oração subordinante (sujeito, complemento directo, predicativo do sujeito, etc.), em princípio é uma oração integrante ou completiva. As subordinadas integrantes podem ocorrer com verbos como dizer, suceder, afirmar, ofender, surpreender, ordenar, pedir, lamentar, desejar, pretender, deixar, e ainda expressões como «é difícil», «é possível», etc.