Começando pela pergunta final, ainda que não seja comum, creio poder utilizar-se o plural de obrigado(a), sobretudo numa linguagem informal.
Relativamente aos deícticos, compreenderão mais facilmente se tiverem em conta que eles servem para tornar o texto coerente face à realidade que constrói e face às relações de tempo (ontem, hoje, vim, venho), espaço (aqui, ali) e pessoa (emissor – eu, nós – ou receptor – tu vós, <>vocês – do discurso, ou ainda pessoa de quem se fala – ele, eles) que estabelece.
Partindo deste pressuposto, quais são os determinantes que poderão ter uma função deíctica? Serão aqueles que, de alguma forma, se articulam com as ideias de espaço (os demonstrativos – «este livro»: proximidade; «aquele caderno»: maior distância; «esse livro»: distância intermédia – ou de posse (o meu livro – pertence ao emissor; o teu livro, que pertence ao receptor). Têm ainda valor deíctico o artigo definido, que veicula uma relação de proximidade, ou, se preferirem, de familiaridade («estou a ler o livro que me deste»), e o indefinido com sentido contrário («estou a ler um livro»).
Saliento que não são apenas, como terá ficado subentendido no segundo parágrafo, os determinantes que têm função deíctica; o mesmo acontece com os pronomes correspondentes, bem como com os pronomes pessoais, com os advérbios de tempo e de espaço e, mesmo, com os tempos verbais.