Logo, tradicionalmente considerada uma conjunção coordenativa conclusiva, de acordo com Celso Cunha e Lindley Cintra, «serve para ligar à [oração] anterior uma oração que exprime conclusão, consequência» (Nova Gramática do Português Contemporâneo: 577). O modo verbal pedido por este conector é o indicativo. A título de exemplo:
«Penso, logo existo.»
«O acusado cometeu um delito grave, logo mereceu o castigo.»
«A Ana gastava muito dinheiro, logo andava sempre a pedir dinheiro emprestado.»
«A viagem durará oito horas, logo o João chegará naturalmente cansado.»
Em relação à locução conjuncional adverbial «logo que», como de resto outras locuções desta sorte (quando, mal, enquanto, assim que, antes que...), diz-nos Inês Duarte (Língua Portuguesa – Instrumentos de análise: 171) que «estas conjunções e locuções conjuncionais selecionam indicativo com tempo passado e presente; selecionam conjuntivo com tempo futuro, que pode ser expresso quer pelo presente quer pelo futuro do conjuntivo».