No Dicionário de Provérbios Francês-Português-Inglês, de Roberto Cortes de Lacerda et al. (Lisboa, Contexto Editora, 2000) registam-se as seguintes versões do provérbio:
a) «Pedra movediça não ajunta musgo.»
b) «Pedra que muito rola não cria bolor.»
c) «Pedra que rola não cria limo.»
d) «Pedra queda não cria musgo.»
e) «Pedra roliça não cria bolor.»
A versão apresentada pela consulente é variante de b) e e).
Todas estas versões do provérbio, independentemente de nelas ocorrer bolor, musgo ou limo, são interpretadas da mesma forma no referido dicionário: «tal como o musgo não tem tempo de se formar sobre um pedra em movimento, assim a versatilidade e a inconstância, que não permitem capitalizar bens, saber, sabedoria».1
Não obstante, tendo em conta que nas versões b) e e) bolor designa o fenómeno de decomposição causado por fungos, dir-se-ia que o provérbio pode significar «quem está constantemente activo não estagna, não decai». Nesta interpretação, sugere-se uma valorização positiva das ideias de movimento e mudança.
1 Original em francês (idem): «Comme la mousse n´a pas le temps de se former sur une pierre en mouvement, ainsi versatilité et inconstance empêchent de capitaliser biens, savoir, sagesse.»