A forma teca, com o significado de «quantidade de peixe recolhida em cada arremesso da rede», tem registo no Dicionário da Língua Portuguesa da Academia das Ciências (ACL), e encontra-se também noutras fontes, por exemplo, no Dicionário da Infopédia.
Tem registo já antigo, por exemplo, na Revista Lusitana (vol. XVIII, 1915 p. 156): «Teca: porção de qualquer coisa; em Ílhavo. "Apanhou uma boa teca de sardinha".»
O dicionário da ACL indica que esta palavra se usa noutras aceções, principalmente em referência a um «invólucro para proteção de qualquer material», e tem origem no latim theca pelo grego θήκη. É também homónima (escreve-se e pronuncia-se da mesma maneira) de teca, vocábulo que denota «árvore da Ásia, da família das verbenáceas, cuja madeira apresenta grande qualidade» e que tem outra origem, no malaiala (língua do sul da Índia) tēkku.
É de notar ainda que a forma teca tem igualmente um outro uso popular, no sentido de «dinheiro». Os dicionários consultados divergem quanto à relação que estabelecem entre este uso e as duas palavras homónimas, ou seja, não é claro se este uso se desenvolveu de teca («invólucro» e «porção»), como se lê no dicionário da Infopédia, ou de teca («madeira valiosa»), conforme anota o dicionário da ACL.