Algures na Internet, encontro a citação de uma passagem da obra O Codex 632, de José Rodrigues dos Santos, na qual ocorre a forma florigrafia (pág. 44):
«As mulheres dos haréns turcos usavam flores para contactarem o mundo exterior, recorrendo a um fascinante código de símbolos florais.
Esta prática, identificada pela primeira vez no Ocidente por Lady Montagu em 1718, esteve na origem do nascimento da florigrafia, um sistema simbólico que se tornou imensamente popular no século XIX, aliando significados originais turcos à antiga mitologia e ao folclore tradicional; as flores passaram a ter sentidos ocultos, exprimindo dissimuladamente emoções e sentimentos que, em circunstâncias normais, a etiqueta social reprimia.»
Trata-se de um neologismo em português e de uma adaptação do inglês que se faz sem problemas, uma vez que recorre a elementos de formação de palavras que, nas duas línguas em questão, têm origem latina (flor-, flor-) e grega (-grafia, -graphy).