Não existe forma dicionarizada ou generalizada pelo uso para designar o natural ou o habitante de Cesareia Mazaca, na Capadócia (actual Turquia), que é hoje, em turco, Kayseri.1 Como existem várias cidades com o nome de Cesareia, é de presumir que as formas gentílicas aplicáveis a uma se apliquem às outras, incluindo a Cesareia Mazaca da Capadócia, a de Filipe ou a Marítima.
Assim, verifica-se que o Dicionário Houaiss regista cesariense com o significado de «relativo a ou habitante de Cesareia, importante cidade da antiga Palestina, construída por Herodes, o Grande, e destruída pelos turcos no sXIII». A forma cesariense é confirmada por Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (1966), para designar os naturais e habitantes de Cesareia. Assinale-se que o referido lexicógrafo não rejeita a derivação com base na forma latina da cidade, Caesarēa, ou seja, cesareense.
1 Por exemplo, não encontro indicação nenhuma em Os Garimpos da Linguagem (Rio de Janeiro, Livraria S. José), cujos autores, Luiz Autuori e Oswaldo Proença Gomes, são pródigos em propor gentílicos para casos em que não existe termo consagrado.