Infelizmente não há regra para a definição do género de um nome deverbal por derivação regressiva. As gramáticas contemplam as três vogais de junção, mas não atribuem nenhuma regra de selecção de vogal e, consequentemente, de género. Vejamos, por exemplo, o que nos dizem Cunha e Cintra a este respeito, na Nova Gramática do Português Contemporâneo (2005:104):
«A DERIVAÇÃO REGRESSIVA tem importância maior na criação dos SUBSTANTIVOS DEVERBAIS ou PÓS-VERBAIS, formados pela junção de uma das vogais -o, -a ou -e ao radical do verbo.
Exemplos:
Verbo Deverbal | Verbo Deverbal | Verbo Deverbal |
abalar abalo adejar adejo afagar afago amparar amparo apelar apelo arrimar arrimo chorar choro errar erro recuar recuo sustentar sustento |
amostrar amostra aparar apara buscar busca caçar caça censurar censura ajudar ajuda comprar compra perder perda pescar pesca vender venda |
alcançar alcance atacar ataque cortar corte debater debate enlaçar enlace levantar levante rebater rebate resgatar resgate tocar toque sacar saque |
Alguns deverbais possuem forma masculina e feminina (...) [ex.: trocar, troco, troca].»
Como podemos observar, as palavras formadas com as vogais o e e são masculinas, e as formadas com a junção da vogal a são femininas, no entanto, a distribuição dessas mesmas vogais parece ser aleatória, i. e., não há uma regra morfológica ou fonológica para a selecção de vogal.
Respondendo agora ao segundo ponto da questão; banda desenhada é um termo muito usado em Portugal, e é o mesmo que história em quadrinhos no português do Brasil.