Não há maneira de distinguir as sequ[ü]ências referidas pela pronúncia, que é a mesma. Só no Nordeste de Portugal alguns falantes ainda distinguem o som representado por c em cinto e cervo do som que a letra s tem em sinto e servo. Esta situação mantém a que se terá verificado no português que se falou até ao século XVI. Dizemos então que a diferença é apenas gráfica e que a ocorrência de c e de s antes de E e i depende da história da palavra, isto é, da sua etimologia.
Nos primeiros anos de escolaridade não vejo outra maneira de distinguir que não seja através de uma chamada de atenção para as relações entre palavras. Assim, dir-se-á, por exemplo, que cinto tem o mesmo c de cintura, e que sinto é uma forma do verbo sentir. Talvez seja esta a maneira de ir sensibilizando os alunos para a etimologia.