Enquanto nome/substantivo, a palavra nuvem* pode formar o grau aumentativo, de modo a ficar com um valor exagerado ou intensificado, de duas formas:
– analiticamente, «juntando-lhe um adjetivo que indique aumento [grande, enorme], ou aspetos relacionados com essas noções» (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 17.ª ed., Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 199), do que resultam formas como «grande nuvem», «nuvem enorme»;
– sinteticamente, mediante o «emprego de sufixos especiais» (os sufixos aumentativos, na forma feminina, -aça, -uça, -arra, -ona, -orra, -zarra, -zorra; cf. idem, pp. 90-92), a partir do que se podem obter formas como nuvenzona, nuvenzorra, ou outras.
É de referir que estas últimas formas são exemplos de possíveis aumentativos de nuvem, feitas a partir das regras de formação (sinteticamente) dos aumentativos.
Trata-se, portanto, de aumentativos que não se encontram dicionarizados nem estabilizados, que podem ocorrer em situações informais, em casos de uso da linguagem familiar e corrente, para se traduzir uma situação em que se realce, pela positiva ou pela negativa, a ideia/imagem disforme de uma determinada nuvem.
* Nuvem, sem acento, como erroneamante se vê muitas vezes escrito. Cf. Nuvem ou núvem? + Outrem, nuvem e constroem