O adjetivo nato (do latim natus, a, um "nascido, dado à luz"1) tem como feminino, efetivamente, nata, no sentido de «nascido». Contudo são incomuns, para não dizer incorretas, frases como «um homem "nato" em Lisboa» ou «uma mulher "nata" em Lisboa».
Na verdade, nato e nata usam-se como adjetivos, na aceção de «que nasce com o indivíduo»2 (ex.: «ele tinha o senso nato do engano») e de «(que é alguma coisa) por nascimento ou por predisposição natural»2 (ex.: «ele é um comunicador nato»/«ela é uma comunicadora nata»).
Por outro lado, importa referir que existe o adjetivo nado (também do latim natus, a, um "nascido, dado à luz; mortal", particípio passado de nascor, eris, natus sum, nasci "nascer, ser posto no mundo"1), que tem o feminino nada. Apesar de sinónimo de nato, na medida em que genericamente significa «nascido», nado e nada ocorrem na aceção de «que veio ao mundo, que nasceu», referidos a um lugar. Aliás, é muito frequente na expressão «nado/a e criado/a»: «nado e criado em Vila Real» ou «nada e criada em Bragança».