O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa data o nome irrigação de finais do século XVII e regista-o como derivado etimologicamente de irrigātio, -ōnis, nome formado a partir do verbo latino irrīgo, as, āvi, ātum, āre, «fazer irrigação, regar». Parece, pois, tratar-se de um latinismo que surgiu na língua portuguesa relativamente tarde e acerca do qual pouco mais dizem os dicionários consultados (o já referido e o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado). Que tenha havido influência do inglês americano parece impossível; se a houve do inglês britânico ou do francês ou de qualquer outra língua, é uma hipótese em aberto.
Quanto a saber se entre regar e irrigar há uma forma preferível, diria que a pergunta terá de ser antes esta: em que contextos se usam? Quem compare as cinco acepções de regar com as três de irrigar (cf. Dicionário Houaiss) verá que têm em comum a acepção de «molhar, aguar». Contudo, os usos metafóricos da primeira («o sangue dos soldados regou a terra») divergem do emprego mais especializado da segunda («irrigar um músculo»).