Em todas as orações subordinadas completivas selecionadas pelos verbos em questão, é gramatical o uso do modo indicativo. Quanto à possibilidade do subjuntivo (ou conjuntivo), existe alguma variação.
Assim, a respeito de assegurar, Winfried Busse, no Dicionário Sintático de Verbos Portugueses, atesta o uso tanto do modo indicativo como do modo subjuntivo com o verbo assegurar:
«Assegurei-me de que o carro estava em ordem e partiu.»
«Assegurou-se de que ele fizesse o trabalho.»
«Assegurou-se de que não sonhava.»
Este mesmo autor apresenta o verbo garantir precedido pelo verbo modal poder e seguido de oração completiva cujo verbo se encontra no subjuntivo:
«(...) ninguém pode garantir que Moscovo dê o seu aval (...).»
Também o Dicionário Gramatical de Verbos Portugueses¹ apresenta como abonação uma frase de polaridade negativa em que o verbo assegurar tem por complemento uma oração finita com o verbo no modo subjuntivo:
«O escadote não assegurava de que o rapaz não caísse.»²
Finalmente, a respeito de certificar(-se), não se encontram nas fontes consultadas ocorrências de completivas finitas com o verbo no subjuntivo, mas a sinonímia deste com assegurar(-se) sugere que este modo é igualmente aceitável.
Desta forma, ainda que o modo indicativo possa ocorrer com mais frequência nas orações completivas destes três verbos, não podemos descartar contextos em que os mesmos peçam o modo subjuntivo (conjuntivo em Portugal) e sejam aceites de um ponto de vista normativo.
¹ Texto Editores, 2007, direção de João Malaca Casteleiro.
² É possível omitir a preposição, segundo a mesma fonte: «OBS. nas construções que admitem FFinita, a preposição pode ser omitida. Asseguro que o compromisso será cumprido. O documento assegura a ambas as partes que o projecto avança. O professor assegurou-se que os alunos estavam preparados.»