Vejamos primeiro as orações independentes das quatro primeiras alíneas, analisadas segundo a gramática tradicional:
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Dirigível: sujeito; não voa: predicado.
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Sílfide: sujeito; predicado: é o feminino de silfo (sendo o feminino de silfo o nome predicativo do sujeito, e de silfo o complemento determinativo do nome predicativo).
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A própria palavra borboleta: sujeito; voa: predicado; mal: complemento circunstancial de modo.
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Ele: sujeito; entrou: predicado; na sala: compl. circunstancial de lugar (a)onde; à miúde não é nada, deve estar por amiúde, no sentido de "repetidas vezes": complemento circunstancial de tempo.
O mesmo quanto às outras cinco:
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Certas até de: oração principal. Certas palavras: sujeito (sendo certas seu atributo); dão: predicado; a impressão de: complemento directo. 2.ª oração: subordinada relativa; sujeito (subentendido): eles; predicado: voam; ao sair da boca: compl. circunstancial de tempo, sendo da boca um complemento determinativo deste.
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Vivemos até paradoxal: oração principal. Vivemos: predicado; numa era paradoxal: compl. circunstancial de tempo, sendo paradoxal um atributo (ou acessório) de era. O sujeito é nós subentendido. A 2.ª oração é subordinada relativa. Sujeito: tudo; predicado: pode ser dito (sendo ser dito compl. de objecto directo de pode, que, neste caso, é transitivo). Claramente: compl. circunstancial de modo. Em que (= na qual): compl. circunstancial de tempo.
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Maridos até mulheres: oração principal. Maridos: sujeito; podem explicar: predicado (sendo explicar o compl. directo de podem). Compl. indirecto: às suas mulheres, sendo suas um compl. determinativo/possessivo. A 2.ª oração é subordinada integrante, constituindo toda ela o compl. directo da principal. Analisando-a: sujeito, subentendido, eles; predicado: não têm; compl. directo: amantes; exactamente: compl. circunstancial de modo.
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1.ª oração: Sempre achei (principal). Análise: sujeito, subentendido, eu; predicado: achei; sempre: compl. circunstancial de tempo. 2.ª oração: subordinada integrante. Análise: a palavra até portuguesa: nome predicativo do sujeito (sendo mais bonita atributo ou acessório e da língua portuguesa um compl. determinativo). Predicado: é, etc.; sobrancelha: sujeito.
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1.ª oração (principal): António Maria escreveu; sujeito: António Maria; predicado: escreveu. 2.ª oração: que a frase é decorada (subordinada integrante). Sujeito: a frase; predicado: é decorada (sendo decorada o nome predicativo do sujeito). 3.ª oração: sempre que... até "outrossim" (subordinada temporal); sujeito: alguém; predicado: usa; "outrossim": compl. directo.
Por falta de tempo e de espaço, acrescento só que na análise sintagmática constituem-se grupos de palavras que formam um conjunto no interior da frase, sendo o sintagma formado por uma sequência de morfemas lexicais e/ou gramaticais. Num sintagma as unidades ordenam-se quer à volta dum nome (sintagma nominal), quer à volta dum verbo (sintagma verbal, p. ex. ele lê muito devagar). Diz-se que o enunciado mínimo é formado por um sintagma verbal e por um nominal.