Sim, trata-se de uma frase gramatical e, por isso, aceitável.
A frase é composta, e o verbo da oração principal tem como complemento direto uma oração subordinada completiva infinitiva: As asas e antenas dos insetos fazem-[os parecer-me repulsivos]=[fazem eles parecer-me repulsivos]=[fazem com que eles me pareçam repulsivos].
Assim, já será bem compreensível a seguinte descrição sintática: suj.: as asas e antenas dos insetos; pred.: fazem-nos parecer-me repulsivos; compl. direto: -(n)os parecer-me repulsivos.
Mas expliquemo-nos um pouco mais claramente: existem em português orações infinitivas que, como em latim, têm o sujeito em acusativo e o verbo no infinito.
Observemos, a este propósito, a frase seguinte:
A frase em bold (negrito) , composta, tem, no seu predicado, o verbo ver e, como complemento direto, uma oração infinitiva: Não vi [ele riscar o teu nome]. Não é aceitável a hipótese de que o pronome o (ele) seja complemento direto do verbo ver. Porquê? Se estive com o Pedro, não podemos dizer que não o vi. O que aconteceu foi que eu não vi [ele riscar o teu nome].
Por isso, aquela frase só pode ser analisada assim: Suj.: eu; pred.: não o vi riscar o teu nome; o riscar o teu nome: compl. direto.
- o riscar o teu nome: oração subordinada infinitiva. Sujeito: o (sob a forma de complemento, própria do sujeito das orações infinitivas) ; pred.: riscar o teu nome; o teu nome: compl.: direto.
Repetimos: seria errado atribuir ao o (não o vi riscar o teu nome) a função de complemento direto do verbo ver. Aquele pronome é sujeito do verbo riscar.
E, agora, já podemos regressar à frase da pergunta: As asas e antenas dos insetos fazem-nos parecer-me repulsivos.
A descrição sintática da frase em bold: Oração subordinada infinitiva com o sujeito sob a forma de complemento (em acusativo): Suj.: os; pred.: parecer-me repulsivos; -me: complemento indireto.