Trata-se de formas dialectais, não aceites pela norma-padrão. Dado que as segundas pessoas do singular e dos plural do pretérito perfeito do indicativo não têm os mesmos sufixos flexionais que as formas homólogas dos restantes tempos verbais, verifica-se no português europeu não normativo uma tendência para as regularizar por analogia; é por isso que em vez de estiveste, foste, comeste se ouve "estivestes", "fostes", "comestes", e algo semelhante acontece a (vós) estivestes, fostes, comestes, que passam a ser "estivésteis", "fôsteis", "comêsteis". Trata-se não de «origens noutras culturas», mas, sim, de um caso de analogia linguística.