Os nomes próprios podem ser pluralizados, como acontece com os apelidos: «os Maias», «os Távoras», «os Silvas». Do mesmo, diz-se «dois Licores Beirões», escrevendo o nome da marca em maiúsculas.
Ao contrário dos apelidos, cujos plurais designam indivíduos (por exemplo, «Afonso e Carlos são dois Maias»), o plural de Licor Beirão (como o de vinho do Porto ou simplesmente o de vinho ou água) é equivalente a «dois cálices de Licor Beirão», dado designar uma bebida, cuja quantificação se faz não por indivíduos mas por partes de um todo que correspondem a uma unidade de medida («um litro de Licor Beirão») ou à capacidade de um dado objecto («um copo, um cálice de Licor Beirão»). Por outras palavras, Licor Beirão comporta-se como outros nomes não contáveis (por exemplo, vinho em «copo de vinho» e água em «copo de água»).1
são aqueles que «não podem designar partes singulares de conjuntos, são mais dificilmente pluralizáveis do que os nomes contáveis e, nos casos em que admitem variação de número (cf. água, ferro), a oposição singular/plural corresponde a diversidade de qualificações da entidade ou quantificações de porções delimitadas de matéria (cf. ferros).» (Mateus et aliae 2003: 219).