Concordo que ameis, amareis, fazeis, fareis também possam ser pronunciadas ¦âis¦. Mas discordo da sua afirmação de que não exista o ditongo ¦éi¦ em Portugal. Eu pronuncio ¦idéia¦ e não ¦idêia¦ ou ¦idâia¦. Igualmente digo ¦papéis¦ e não ¦papêis¦ ou ¦papâis¦. Aliás, já os obreiros da Reforma de 1911 distinguiam bem na grafia a pronúncia de reis (ex.: `os reis da dinastia´) de réis (ex.: `dez réis de gente´); como bateis, forma verbal, de batéis, substantivo. Por isso, impuseram os acentos em (sic): «Os ditongos, sempre tónicos/tônicos éi, éu, ói com e, o abertos …..». Para terminar, dada a sua insistência em ignorar o ditongo ¦éi¦ em Portugal, transcrevo também o texto da base XIII da norma portuguesa em vigor (sic): «Os ditongos orais ….. distribuem-se ….. ai, ei, éi (apenas tónico/tônico), éi (apenas átono), …..». E a norma dá como exemplos do ditongo ¦éi¦: farnéis e farneizinhos (repare que neste último caso há o ditongo ¦éi¦, mesmo sem o acento, como em ideia). As normas portuguesas estabeleceram que não existia graficamente o acento grave em farneizinhos e o acento agudo em ideia, mas não suprimiram o ditongo ¦éi¦. Note que o novo acordo ortográfico (base VIII) continua a mencionar o ditongo ¦éi¦, dando como exemplos (única grafia): anéis, batéis, fiéis, papéis e, por outro lado, uniformiza ideia sem acento (base IX).
Ao seu dispor,