Segundo o Dicionário Estrutural Estilístico e Sintático da Língua Portuguesa (Porto, Lello & Irmão), de Énio Ramalho, a preposição por é pedida pelo nome/substantivo curiosidade — curiosidade por [exemplos.: «Eu fui assistir àquele comício só por curiosidade»; «Ele tem curiosidade por tudo o que é do mar»], enquanto o adjetivo curioso rege a preposição de — curioso de [ex.: «Era curioso de tudo e sobre tudo queria saber»].
Na frase apresentada, o adjetivo curiosos, referente aos «leitores pouco experientes em livros mais sombrios», ocorre com a preposição por — em «por eles curiosos» —, adotando a regência do substantivo curiosidade, o que não nos parece ilegítimo, uma vez que «curiosos» corresponde a «ter curiosidade por».