Aceitam-se a duas formas (consultar o Portal da Língua Portuguesa), embora o Dicionário Houaiss observe que biopsia é forma mais correta, mas menos usada.
Situação semelhante acontece com autópsia1, que admite a alternativa autopsia. Esta variação é explicada pelo Dicionário Houaiss, no artigo dedicado à forma não autónoma -ópsia, constituída por elementos de origem grega transmitidos por via erudita (radical -ops- e sufixo -ia):
«pospositivo, como f[orma] var[iante] de -opsia [...], segundo o modelo do gr[ego] autopsía, "ato de ver com os próprios olhos" (do vocabulário místico, de início), pelo fr[ancês] autopsie (que, segundo os puristas, deveria ser sempre autopsie cadavérique, "autópsia cadavérica"), por 1827, donde o port[uguês] autópsia (1836)/autopsia (1871); notar que o étimo gr[ego] preconiza a paroxítona, mas uma vez formada autópsia, esta serviu de base para variação, nem sempre regular, entre -ópsia e -opsia: biópsia, necrópsia, parópsia, sinópsia.»
1 Já Vasco Botelho do Amaral, no Grande Dicionário das Dificuldades e Subtilezas do Idioma Português (1958, s. v. autópsia), dizia que autopsia era «acentuação que já não vinga».