Febra evoluiu do latim fibra. A forma fêvera é uma variante em que a consoante oclusiva -b- se tornou uma fricativa bilabial ou labiodental, representada por -v-; além disso, inseriu-se uma vogal (chamada epentética), à semelhança do que ocorreu com Fevereiro, que tem origem em fĕbruārĭus, forma latina sem e antes da consoante líquida representada por <r>. Devemos, portanto, dizer que, embora fêvera esteja atestado desde o século XIII (ver Dicionário Houaiss, artigo fibr-; ver também José Pedro Machado, Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa), é febra provavelmente a forma mais antiga. Outra possibilidade é a de fêvera ser palavra surgida por via popular, e febra, como termo mais próximo do latim, ter aparecido por intervenção erudita ou semierudita (ver idem).