Várias vezes aqui no Ciberdúvidas já foi referida a história dos acordos ortográficos. Houve muitos, a maior parte deles não respeitada. No caso, o acordo de 1986 não foi aceito, pelo que foi renegociado, surgindo um novo texto em 1990. Só que, como todo acordo internacional, para entrar em vigor deve ser aprovado pelos parlamentos de todos os signatários. Se não, vira letra morta.
O acordo ortográfico não significa a prevalência de uma variante do português. Apenas tenta unificar algumas situações (caem os acentos em «ideia» e «assembleia» no Brasil, por exemplo) e consagra a separação em outras, como facto e fato. Mas não vai mudar a fonética portuguesa nem a brasileira. O resultado não vai mudar a forma de falar de nenhum dos lados.