Acrobata vem talvez do francês “acrobate”. A sua origem, segundo José Pedro Machado, in Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa é o grego `akróbatos´. Assim, para quem defenda a obediência ao étimo original, a pronúncia da palavra portuguesa deveria ser acróbata (considerada a correcta em Rebelo Gonçalves, embora este linguista tenha aceitado que acrobata está consagrada pelo uso).
É só acrobata que está registado no Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora. No Grande Dicionário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, o registo é também acrobata (com a ressalva de Rebelo Gonçalves).
De facto, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, o Aurélio e o Houaiss registam também acróbata, mas a entrada de referência é acrobata.
Quem preferir acróbata demonstra erudição, mas afasta-se dos hábitos linguísticos do nosso tempo e pode ser considerado estranho. Passa-se fenómeno semelhante com outros termos, como, por exemplo, termóstato, em Portugal já na generalidade designado por termostato entre os técnicos.
Ao seu dispor,
N.E.: Acrobata (substantivo dos dois géneros): «que faz acrobacias; ginasta; dançarino de corda; equilibrista; funâmbulo; palhaço; saltimbanco.»
Acrobático/a [adjectivo]: «relativo a acrobata ou a acrobacia.»
Parece-nos que a frase correcta é aquela que pede o emprego do adjectivo: «Sou uma pessoa demasiado acrobática.»
Pronúncia; /ɐkrubátɐ/