De facto parece que a mesóclise nunca é usada na linguagem jornalística, mas ainda se vê esporadicamente na literatura. Concordo com o senhor que, lamentavelmente, a tendência é para o seu desaparecimento. No caso da linguagem jornalística, os próprios guias de estilo das grandes empresas de comunicação dissuadem os jornalistas de usar a mesóclise, tachando-a de pernóstica ou arcaica e pedindo-lhes que reformulem a frase caso tenham de encetá-la com pronome átono mais verbo no futuro do presente ou do pretérito. Contudo, parece que em Portugal também há essa tendência, ainda que menos acentuada que no Brasil (ver aqui). Recordo aos defensores da mesóclise, entre os quais o senhor se encontra, que também não se deve fazer uso dela sem critério, já que existem os famosos factores de próclise de que se tem falado tanto aqui no Ciberdúvidas.