As duas possibilidades são aceitáveis.
De acordo com Luft, no seu Dicionário Prático de Regência Verbal, o verbo agarrar pode ser usado como transitivo direto (1) ou como transitivo indireto, regendo a preposição em (2), com o significado de “prender; segurar com força e por violência”:
(1) «A mãe agarrou o menino.»
(2) «A mãe agarrou no menino»
Note-se que uma pesquisa no Corpus do Português, de Mark Davies, mostra que os autores clássicos também vão usando uma ou outra possibilidade com o mesmo significado:
(i) verbo agarrar usado como transitivo direto:
(3) «[…] agarrou o papel em que escrevera a confissão, rasgou-o com a rapidez que pôde […]» Carlos de Oliveira, Casa na Duna.
(4) «Da porta da administração um homem correu, agarrou furiosamente o escrevente pela gola: - Está preso! rugia. Está preso!» Eça de Queirós, O Crime do Padre Amaro.
(ii) verbo agarrar usado como transitivo indireto:
(5) «Agarrou no braço da Jeca e obrigou-a a caminhar mais devagar.» Abel Botelho, Fatal Dilema.
(6) «Agarrou no bule com as mãos trémulas […]» Eça de Queirós, O Primo Basílio.
Disponha sempre!